Sem detalhar plano, Bolsonaro diz ter “evoluído” sobre economia
Pré-candidato à Presidência da República foi sabatinado em programa de rádio na manhã desta terça-feira (22/5)
atualizado
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Pré-candidato do PSL à Presidência da República, o deputado Jair Bolsonaro (RJ) afirmou nesta terça-feira (22/5) que seus posicionamentos sobre a economia têm “evoluído” ao longo do tempo. O intuito, segundo ele, é se aproximar do pensamento defendido pelo economista de orientação liberal Paulo Guedes, seu assessor na campanha, procurando encontrar um “meio termo” em relação às privatizações, por exemplo.
“Tenho consciência da necessidade de nos aproximar das ideias do Guedes. Não 100%, mas quem sabe 95%”, afirmou o militar durante sabatina promovida pela rádio Jovem Pan.
Sobre ideias econômicas defendidas por ele na corrida presidencial contrastarem com seu histórico parlamentar — com a defesa de visões setoriais, principalmente relacionadas às Forças Armadas e estatizantes — o parlamentar fluminense retrucou e disse ter “evoluído” em alguns posicionamentos e deu como exemplo sua atuação em relação à área de petróleo e gás.Em 2016, na votação que retirou a obrigatoriedade da Petrobras para operar os campos do Pré-Sal, Bolsonaro votou a favor. O pré-candidato foi instigado a falar sobre qual seria o seu plano econômico. Ele disse concordar com um plano de privatização, mas ressaltou determinadas coisas como “estratégicas”.
“Não podemos jogar para cima tudo que temos”, disse, sem citar quais áreas ou empresas continuariam sob o guarda-chuva estatal. Para ele, mesmo que tudo fosse privatizado, como chegou a defender Guedes, o montante seria suficiente para abater apenas 20% da dívida pública.
Reforma da Previdência
Sobre a questão da seguridade social e da reforma da Previdência, o pré-candidato defende uma operação por partes, capaz de combater privilégios. “Precisamos acabar com a fábrica de marajás”, defendeu, citando como exemplo sua experiência na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde foi vereador.
Jair Bolsonaro prometeu rever as pensões concedidas às famílias de militares (viúvas e filhas), mas foi vago e não explicitou ações nesse sentido. “De quem está recebendo não tem como retirar”, admitiu.
Sobre o salário mínimo, o parlamentar foi leviano na resposta. “É pouco para quem recebe e muito para quem paga”, resumiu, citando os aposentados, e destacando já ter recebido muitos prefeitos em Brasília pedindo aos congressistas para não aprovarem novos aumentos, responsáveis por complicar o orçamento em seus municípios.
“Como resolver isso aí? Pelo amor de Deus, me ajude a resolver isso”, brincou com os apresentadores, quando questionado sobre possibilidades de resolução sobre o assunto.