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Sem citar Mercosul, Alckmin destaca importância do comércio por blocos

Para o vice-presidente Geraldo Alckmin, América Latina tem potencial para aumentar o comércio na região e fortalecer o setor de indústria

atualizado

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Geraldo Alckmin
1 de 1 Geraldo Alckmin - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O vice-presidente da República e ministro da Indústria e do Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), ressaltou, nesta segunda-feira (27/3), a importância de se promover o comércio entre blocos para o fortalecimento do setor de indústria.

Ao participar da posse da nova presidência do Conselho Nacional do Sesi, Alckmin citou dados referentes ao comércio entre os blocos da União Europeia e da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Apesar não ter havido qualquer menção ao Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, a declaração ocorre no momento em que o governo brasileiro tenta frear um possível acordo de livre comércio entre Uruguai e China.

A avaliação do Ministério das Relações Exteriores é que o possível acordo entre uruguaios e chineses abalaria o Mercosul, pois colocaria em xeque a tarifa externa comum usada pelos países do bloco para transações entre si. Outros países do bloco também discordam da posição do Uruguai e defendem que o acordo abranja todas as nações do grupo.

“Embora o mundo seja globalizado, o comércio é intrarregional. Se pegarmos a União Europeia, mais de 50%, quase 60% do comércio é entre eles. Se pegar a Asean, 70% é entre eles, o comércio é ali na região. E, aqui na América Latina, é 26%. Então nós temos um extraordinário potencial de aumentar o comércio na região”, afirmou o vice-presidente.

Acordo Mercosul-UE

Enquanto o Uruguai procura negociar paralelamente com a China, o Mercosul tenta fechar um acordo comercial com a União Europeia, que reúne 27 países europeus.

Em janeiro, Lula disse que, “se tudo der certo”, o acordo entre os blocos deve ser fechado ainda no primeiro semestre deste ano.

“Alguma coisa tem que ser mudada. […] Nós vamos fechar esse acordo; se tudo der certo, quem sabe até o meio deste ano. Até o fim deste semestre, é a nossa ideia de tentar encaminhar para que a gente tenha um acordo e comece a discutir outros assuntos, porque temos muitas coisas pela frente, e não apenas esse acordo com a União Europeia”, afirmou na ocasião.

As negociações do tratado entre os blocos foram concluídas em 28 de junho de 2019, mas, para que o acordo passe a funcionar de fato, deve passar por um processo de revisão e ratificação por parte dos congressos nacionais dos países do Mercosul e pelo Parlamento Europeu.

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