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Sem citar Maia, Bolsonaro diz que o deputado do DEM fez Congresso “refém”

Ex-presidente da Câmara era desafeto do chefe do Executivo, que disse, em cerimônia nesta 5º, que o deputado “criava óbices” para o governo

atualizado

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Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro durante evento
1 de 1 Rodrigo Maia e Jair Bolsonaro durante evento - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Sem citar nominalmente Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) soltou uma indireta ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (4/2), ao dizer que o deputado fez o Congresso Nacional “refém” e que, muitas vezes, “criou óbices” para o governo federal.

A declaração foi feita durante cerimônia de entrega de automóveis sociais em Florianópolis, Santa Catarina. Em sua fala, Bolsonaro disse que está cada vez “mais difícil administrar o Brasil”, mas que o cenário tende a mudar com a participação do Congresso Nacional, em especial, nas palavras do presidentes, após as últimas eleições do Legislativo.

Na última segunda (1º/2), parlamentares colocaram Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no comando da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, respectivamente.

“Não queremos culpar quem nos antecedeu, mas pegamos um Brasil quebrado econômica, ética e moralmente. E nós, aos poucos, vamos mudando o Brasil com a participação do nosso Congresso Nacional. Somos independentes no que está escrito na Constituição, mas na prática somos um só corpo”, declarou Bolsonaro.

Temos algumas diferenças, mas acredito, em especial após essas últimas eleições que começaram dia 1º de fevereiro, o Parlamento deu sinais de quer trabalhar. Não quer ficar refém de uma só pessoa. E era uma só pessoa que criava alguns óbices para nós”, completou.

Segundo o chefe do Executivo federal, após o resultado do Legislativo, os parlamentares terão, cada vez mais, a liberdade para melhorar o país.

“Tenho certeza que a partir do dia 1º, em especial pelo placar – no qual eu torci por ele e fui simpático aos dois candidatos – e os números bem comprovaram, que a maioria do Parlamento quer também, cada vez mais, ter a liberdade pra fazer o melhor para o nosso Brasil”, afirmou.

Eleições no Congresso

As eleições realizadas no início da semana para escolher os novos chefes do Senado e da Câmara representaram uma vitória para o Palácio do Planalto e uma derrota para Rodrigo Maia, desafeto de Bolsonaro.

No Senado, os parlamentares escolheram Rodrigo Pacheco com 57 votos. Sua principal adversária, Simone Tebet (MDB-MT) consegui 21 votos. Pacheco teve o apoio de Bolsonaro e do ex-presidente da Casa Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Na Câmara, a vitória foi mais significativa. Candidato de Bolsonaro, Arthur Lira ganhou, com folga, com 302 votos. O deputado Baleia Rossi (MDB-SP) obteve 145 votos. O emedebista teve o apoio do agora ex-presidente Maia.

Na semana passada, durante um café da manhã com parte da bancada do PSL, Bolsonaro chegou a dizer que o governo vai “participar e influir” na presidência da Câmara.

“Vamos, se Deus quiser, participar e influir na presidência da Câmara com esses parlamentares, de modo que possamos ter um relacionamento pacífico e produtivo para o nosso Brasil”, disse.

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