Sem apoio do governo, Maia desiste de cortar salário de servidor
O presidente da Câmara afirmou que a discussão foi adiada porque defende a redução de salário de todos os Poderes e não apenas do Congresso
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira (31/03) que, por enquanto, a discussão sobre corte de salários de servidores durante a pandemia do coronavírus não avançará. Segundo Maia, o governo federal não apoiou a medida e o Judiciário “tem muitas restrições”.
”O ministro da Economia [Paulo Guedes] disse que era contra reduzir salários. O Judiciário tem muita restrição. [O corte] é uma questão que tem que ser ajustada com os três Poderes”, ressaltou Maia em coletiva de imprensa na chegada ao Congresso Nacional.
O deputado, contudo, voltou a dizer que a Câmara está aberta ao diálogo, mas “o que não deve acontecer é que só um Poder contribua. Tem que ser todos”. “Sem uma posição positiva e sem encaminhamento do governo com os Poderes vamos ter que esperar mais um pouquinho”, sustentou.
Projetos foram apresentados na Câmara após Maia publicizar que era favorável à redução de salários de funcionários públicos. O presidente da Casa defendia uma proposta que reunisse mudanças também para integrantes do Executivo e do Judiciário.
“Até semana passada, de fato, a discussão de uma PEC com os governadores tinha a possibilidade de redução de salário de todos os Poderes, inclusive na esfera dos estados. Quando o ministro [Paulo Guedes] deu a declaração de forma diferente, é óbvio que todos aqueles que têm dificuldades e são contra o debate abraçaram a posição do ministro, de que não seria preciso”, completou.