Sem acordo, partidos elaboram proposta do “distritão misto”
A proposta partiu do líder do DEM, Efraim Filho (PB), durante reunião na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia
atualizado
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Para tentar acabar com a resistência ao distritão e emplacar de vez a aprovação de um novo sistema político, os partidos brasileiros desenvolveram um modelo eleitoral inédito. Ainda sem nome oficial, o sistema está sendo chamado de “distritão misto” e combina o voto majoritário com o voto em legenda. A expectativa é que a proposta seja votada no plenário ainda nesta quarta-feira (16/8).
A proposta partiu do líder do DEM, Efraim Filho (PB), durante reunião na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na manhã desta quarta-feira (16). A ideia é que, na eleição para deputado federal e estadual, por exemplo, os eleitores continuem tendo a possibilidade do votar tanto no candidato como no partido. A novidade é que no resultado final os votos em legenda seriam distribuídos, proporcionalmente, aos candidatos daquele partido. Assim a lista de mais votados seria formada também com o voto partidário.
“Essa proposta representa a criatividade dos políticos brasileiros elevado à enésima potência”, resumiu o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). O objetivo principal é conquistar o PT e outros partidos de esquerda, críticos ao “distritão puro”. Como uma das maiores críticas dos partidos de esquerda é o fato do distritão desconsiderar o voto em legenda, esse modelo daria algum tipo de peso ao voto ideológico.