Segundo Temer, sem reforma da Previdência pode haver corte em salários
“Quando chegar em 2020, talvez tenha que haver corte de salários, se não iniciarmos agora a reforma da Previdência”, disse o presidente
atualizado
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O presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta sexta-feira (8/12) que, caso a reforma da Previdência não seja aprovada, pode haver cortes em salários. “Quando chegar em 2020, talvez tenha que haver corte de salários, se não iniciarmos agora a reforma da Previdência”, disse o presidente durante almoço da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
De acordo com o jornal O Globo, Temer afirmou que o déficit da Previdência será de R$ 180 bilhões este ano. “Sem a reforma, serão mais R$ 45 bilhões, no ano que vem, e outros R$ 50 bilhões no ano seguinte”, afirmou. O presidente utilizou diversos dados e números para justificar um possível corte nos vencimentos.
“Se não a fizermos agora, em 2019 ou 2020, vamos ter uma reforma previdenciária radical, como aconteceu na Grécia e Portugal, onde foi preciso cortar as pensões e os vencimentos dos servidores públicos em 20% e 30%. Se fizermos agora, alongaremos o tempo para uma reforma mais radical”, declarou.Ao final do evento, em entrevista, Temer se mostrou confiante de que a proposta será aprovada: “A minha chance é de votar no dia 18 ou 19”. Não quis, no entanto, comentar o que poderia ocorrer caso a votação ficasse para o ano que vem. “Não vou cogitar isso”, respondeu.