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Segundo revista, J&F movimentou R$ 248 bilhões em operações suspeitas

Relatório do Coaf revela que empresas do grupo movimentaram R$ 248 bilhões em operações suspeitas, incluindo pagamento a políticos

atualizado

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RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Joesley Batista
1 de 1 Joesley Batista - Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Um relatório sigiloso do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, sobre a movimentação financeira das empresas do grupo J&F aponta R$ 248 bilhões apenas em transações consideradas suspeitas realizadas nos últimos 14 anos. A informação foi publicada na noite desta quarta-feira (28/9) no site da revista Veja.

A reportagem, exclusiva, será publicada na edição desta semana da revista. Segundo o texto, o relatório do Coaf, com 139 páginas, é um dos mais complexos já produzidos pelo órgão e detalha as negociações que envolvem interesses públicos e particulares. Parte dos R$ 248 bilhões rastreados pelo conselho de controle fazendário foi dinheiro encaminhado ilegalmente, em forma de propina, a políticos.

O documento comprovaria o que executivos e donos do grupo, incluindo os irmãos Joesley e Wesley Batista, relataram em acordo de delação premiada ao Ministério Público Federal. Mas também revelaria fatos novos e “mostra caminhos ainda desconhecidos percorridos pelo dinheiro destinado a parlamentares, ministros, ex-ministros, partidos políticos ou operadores de propinas”, descreve a Veja.

A J&F é a holding controladora de empresas multinacionais como JBS, Vigor, Alpargatas (dona das Havaianas), Eldorado Brasil (celulose), Banco Original e Canal Rural, entre outras.

Outro lado
Em nota divulgada nesta sexta-feira (29/9), a J&F informa desconhecer o relatório do Coaf, e destaca: “Como é mencionado na própria matéria, o conceito do Coaf para considerar ‘suspeita’ uma movimentação financeira “é largo. Às vezes, largo demais”, diz trecho da nota.

Segundo a holding, “ao registrar todas as transações, o valor mencionado na reportagem não reflete uma soma real, apenas a entrada e saída de recursos – incluindo operações realizadas de forma pública, lícita e oficial – e não revela nada de extraordinário, tão somente o tamanho de cada negócio.”

Ainda de acordo com o texto, os casos concretos e suspeitos citados na reportagem foram revelados pelos próprios delatores do grupo, e encaminhados à Procuradoria-Geral da República e ao Ministério Público Federal, que continuam à disposição da Justiça para novos esclarecimentos.

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