Segóvia fala em corrupção sistêmica e promete ampliar operações
Novo diretor foi indicado pelo presidente Michel Temer para assumir o comando da PF no lugar do delegado Leandro Daiello
atualizado
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O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, disse nesta sexta-feira (10/11) que há “corrupção sistêmica” no Brasil e que pretende ampliar a Lava Jato e as operações de combate à corrupção. A declaração foi dada após a assinatura do seu termo de posse no Ministério da Justiça. “A corrupção neste país é sistêmica, mas existe a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e vários outros órgãos que a combatem e nós pretendemos continuar cada vez mais fortes nesse combate”, afirmou.
Questionado sobre possíveis mudanças na equipe da Lava Jato, Segóvia explicou que o tema está sendo trabalhado dentro do “processo de transição” e mudanças são naturais e serão feitas “paulatinamente”.
E completou: “Não será só uma ampliação, uma melhoria na Lava Jato, será em todas as operações que a Polícia Federal já vem empreendendo e ainda ampliar, quer dizer, criar novas operações”.“A Polícia Federal está tranquila, já tive reuniões com todos os atuais diretores, todos os atuais superintendentes regionais e todos estão tranquilos. A gente pretende continuar o trabalho da Polícia Federal e as mudanças serão feitas paulatinamente e, com certeza, sempre tem gente que está cansada e quer sair e tem gente que está nova e quer começar um trabalho”, disse Segóvia.
O novo diretor foi indicado pelo presidente Michel Temer para assumir o comando da PF no lugar do delegado Leandro Daiello, no cargo desde janeiro de 2011.
Segóvia abordou ainda a relação da PF com o Ministério Público Federal. “O que a gente precisa, na realidade, é melhorar talvez a investigação, melhorar os focos nas investigações e, aí, combater melhor esse tipo de crime, combatendo na realidade a essência da corrupção. Nisso a gente vai, vamos dizer assim, trabalhar em parceria com o Ministério Público Federal e outras organizações para tentar melhorar esse combate.”
A assinatura foi acompanhada pelo ministro da Justiça Torquato Jardim, pelo secretário nacional de Segurança Pública, general Carlos Alberto Santos Cruz, e pelo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Renato Dias. Durante a solenidade, Torquato deu boas vindas e apresentou seus auxiliares à Segóvia. “Esta equipe está integrada e à disposição para os árduos desafios que o Brasil tem”, disse.