Secretário da Receita Federal fala em alternativas para imposto único
Ele disse preferir tributação sobre movimentações financeiras, mas afirmou ser possível criar imposto sobre valor agregado ou faturamento
atualizado
Compartilhar notícia
O secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, afirmou que há uma série de alternativas para a criação do imposto único. Ele disse preferir a tributação sobre as movimentações financeiras, mas afirmou que é possível também criar um imposto sobre valor agregado (IVA) ou sobre o faturamento de empresas.
“Ainda analisamos alternativas”, afirmou, após a cerimônia de transmissão de cargo para o ministro da Economia.
Antes do envio da proposta de reforma, porém, Cintra afirmou que haverá medidas de simplificação que serão enviadas pelo novo governo. Ele lembrou que a Receita já tem um projeto de simplificação de PIS/Cofins que pode ser aproveitado. “Unificação de tributos é processo que deve ocorrer paralelamente”, afirmou.
Cintra defendeu que o sistema tributário brasileiro tenha progressividade e disse ser “fundamental ter sistema de baixa tributação e ampla base”.
No Imposto de Renda, Cintra admitiu a possibilidade de uma alíquota única, mas reconheceu que é preciso ter progressividade. “Não iremos ao extremo de ter apenas uma alíquota, mas poucas alíquotas acho que são absolutamente adequadas. E uma alíquota adicional para altas rendas. Não dá pra estabelecermos números. Não temos parâmetros (para qual renda)”, disse.
10 medidas de produtividade estão prontas
Também após a posse de Paulo Guedes como superministro da Economia, o secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, disse que já estão prontas para serem anunciadas cerca de 10 medidas somente na sua área.
O próprio Guedes, ao discursar, destacou que serão anunciadas medidas neste sentido no início do governo. Segundo Costa, as prioridade de sua secretaria já passaram pela avaliação do chefe, mas dependem ainda do aval do presidente Jair Bolsonaro para serem anunciadas.