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“Se o povo quiser a volta do Lula, paciência”, afirma Mourão

Vice-presidente afirmou, em entrevista à Folha, que a decisão de Fachin que anulou os processos de Lula mostra os Poderes “em desequilíbrio”

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1 de 1 Metrópoles/ Rafaela Felicciano - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), disse que acha difícil o retorno de Lula como mandatário do país, mas pontou que a decisão do povo é soberana. “Se o povo quiser a volta do Lula, paciência”. Para o militar, a sentença do ministro Edson Fachin que anulou todos os processos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no âmbito da Operação Lava Jato, mostrou que “o equilíbrio de Poderes da democracia está rompido”.

“É aquela história: o povo é soberano. Se o povo quiser a volta do Lula, paciência. Acho difícil, viu, acho difícil”, opinou Mourão, em entrevista exclusiva à Folha de S.Paulo.

“O equilíbrio de Poderes na nossa democracia está rompido. O Judiciário está com um poder acima dos outros dois e, consequentemente, isso leva a uma instabilidade jurídica. Estamos vendo isso acontecer”, disse o general.

“Quando você começa a tomar determinadas decisões, especificamente em cima de processos judiciais, o que ocorre lamentavelmente no Brasil: quem tem bons advogados e dinheiro não vai ser condenado. É um processo que estamos vendo. Isso gera insegurança”, continuou Mourão.

Questionado se uma possível reeleição de Lula no pleito de 2022 assustava o governo federal, ele disse não se preocupar. Porém, salientou as três condenações que foram atribuídas ao ex-presidente no passado.

“Todo mundo pode ser candidato. Quanto ao ex-presidente Lula, nem me preocupo. Podem anular o processo, podem mudar o juiz do jogo, mas uma coisa para mim é clara. O ex-presidente Lula foi condenado em três instâncias por corrupção. Isso aí não muda!”, analisou.

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Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, durante gravação do programa “Por dentro da Amazônia".

Foto: Romério Cunha/VPR
Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, durante reunião técnica com o diretor do INPE.

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Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, durante reunião técnica com o diretor do INPE
Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, durante reunião técnica com o diretor do INPE.

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Vice-presidente Hamilton Mourão
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Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, durante 4ª Reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL). Foto: Bruno Batista /VPR

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Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, durante gravação do programa “Por dentro da Amazônia". Foto: Romério Cunha/VPR

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Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, durante reunião técnica com o diretor do INPE. Foto: Bruno Batista/ VPR

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Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, durante reunião técnica com o diretor do INPE. Foto: Bruno Batista/ VPR

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Isac Nóbrega/PR
Vacinas

Segundo Mourão, a vacina contra a Covid-19 é prioridade para o governo desde o começo. Ele disse ter certeza de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se imunizará, mesmo que o chefe do Executivo já tenha reafirmado que não vai se vacinar.

“O presidente tem a mesma visão que eu. Nós temos de nos vacinar quando chegar a nossa faixa etária. E não se vacinar na frente. Essa é a nossa visão. Ele [Bolsonaro] vai. A mãe dele já foi vacinada. Lógico que ele vai”, assinalou.

O general frisou ainda que o movimento do Fórum Nacional de Governadores para promover medidas restritivas a fim de frear o contágio pela Covid-19 é mera politicagem. No último domingo (7/3), o governador do Piauí, Wellington Dias, presidente do fórum, propôs aos colegas um pacto nacional para conter o coronavírus, com a adoção de medidas restritivas e preventivas até o próximo dia 14.

“Esse movimento, eu interpreto como político. Essa pandemia foi usada politicamente tanto pelo nosso lado quanto pelas oposições. Isso foi até ruim. Esse uso político da pandemia é péssimo”, opinou.

“Então, a gente tem de fazer o que é certo porque é certo. Não porque vou ter dividendos políticos na frente. Então, [essa disputa] está muito centrada na dicotomia entre o presidente e o governador de São Paulo [João Doria]”, sugeriu Mourão.

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