Se eleito, Alckmin diz que manterá reajuste do salário mínimo
Sem entrar em detalhes sobre como seria possível novo cálculo, o ex-governador paulista argumentou que a medida “irriga o Brasil inteiro”
atualizado
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O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (13/8) que, se eleito em outubro, seu governo terá um compromisso em manter a política de valorização do salário mínimo, uma das marcas das gestões petistas.
“Nossa prioridade é o salário mínimo. Governar é escolher. Àqueles que mais necessitam, meu compromisso é que o salário mínimo possa ter ganho real, cresça acima da inflação”, disse o tucano, que foi sabatinado pela revista Istoé.
Sem entrar em detalhes sobre como seria possível um novo cálculo, o ex-governador de São Paulo argumentou que a medida “irriga o Brasil inteiro”, devido ao fato de o reajuste do mínimo ter impacto sobre várias categorias, como aposentados, pensionistas e trabalhadores rurais.
A atual regra de reajuste do salário mínimo vence no ano que vem e precisa ser reavaliada pelo próximo presidente da República. O tema é espinhoso, visto impactar diretamente as contas públicas. Pelas atuais regras, em vigor desde 2012, a fórmula para a correção do salário mínimo prevê a aplicação da soma da variação do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) do ano anterior mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores.
2º turno
Questionado sobre como tirar a diferença para Jair Bolsonaro (PSL) por uma vaga no segundo turno, Alckmin disse que as grandes mudanças no cenário eleitoral ocorrem mais próximo da realização da votação em primeiro turno, e citou exemplos como a eleição municipal de São Paulo e a eleição suplementar para o governo de Tocantins, realizada em junho. O tucano disse ainda “não ter certeza” de o parlamentar fluminense chegar ao segundo turno: “O Brasil quer segurança, não aventura. Aventura não governa”.
Sobre a aliança com os partidos do Centrão, Alckmin destacou que a coligação é importante não apenas para ganhar a eleição, mas também para governar e aprovar as reformas necessárias ao país. “Com a aliança, vamos ter 52% dos prefeitos do Brasil. Faz uma boa diferença ao levar a mensagem lá na ponta”, emendou.