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“Se é para dar lucro, privatiza logo”, afirma Guedes sobre Caixa

Para ministro da Economia, função de um banco público é passar seu excesso de receita para taxas de juros menores

atualizado

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Ministro da Economia, Paulo Guedes
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (17/05/2019) que a função de um banco público como a Caixa Econômica Federal é passar seu excesso de receita para taxas de juros menores, e não dar lucro como uma instituição privada.

“Se é pra dar lucro, privatiza logo. Pra que eu vou ter um banco com 21 mil agências no Brasil todo para dar lucro máximo? Se for pra isso, privatiza, vende, funde com o Banco do Brasil”, disse Guedes, em discurso no 91º Enic, encontro do setor da construção, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), no Rio.

Guedes defendeu um programa de habitação popular, sugerindo mudanças no Minha Casa, Minha Vida. Também defendeu juros mais baixos para o financiamento imobiliário. Sem detalhar a proposta, o ministro disse que, se os juros para o financiamento imobiliário fossem em torno de “IPCA (o índice oficial de inflação) mais 2%”, geraria demanda para a construção civil, num movimento que chamou de “capitalismo popular”.

Estímulo
Cobrado no evento da construção civil sobre medidas de curto prazo que destravem a economia, o ministro disse existirem várias medidas para serem disparadas, mas que precisam ser anunciadas no tempo certo. Ele afirmou que vem ouvindo “todo mundo” e o país vai voltar a crescer.

Entre as medidas que já estão sendo adotadas, Guedes citou a simplificação para abertura de empresas, e que espera aumentar a competição no mercado financeiro com o lançamento de fundos de renda fixa.

“Se você começa a apertar o botão, como fizeram no governo passado, sem garantir as reformar complementares… pode ser que eu solte nas duas ou três semanas, se a Previdência andar”, afirmou.

Sem querer antecipar outras medidas que serão tomadas, Guedes acenou com algum benefício para as igrejas, “mas acho que o presidente vai querer anunciar”. “Setores reclamam para nós (governo) sobre medidas abusivas. Não pode, por exemplo, uma igreja ter que contratar contador se faturar acima de R$ 3,6 mil… o eSocial obriga isso, não está certo”, ressaltou.

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