“Se dependesse de nós, quase nada teria sido fechado”, diz Bolsonaro
Presidente citou como exemplo a Suécia, que não adotou medidas de isolamento, mas tem mais de 3 mil mortos por Covid-19
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse durante videoconferência com o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, nesta quinta-feira (14/5), que a posição do governo federal é de que “quase nada deve ser fechado”. As declarações foram dadas em referência às medidas de restrição a funcionamento de comércios adotadas por prefeitos e governadores.
“Se depender de nós, tá tudo aberto pro isolamento vertical. Governadores estão fazendo uma competição de quem fecha mais. Se dependesse do governo federal, quase nada teria sido fechado, a exemplo da Suécia”, comentou Bolsonaro.
Mais cedo, o presidente havia se referido ao país escandinavo quando questionado sobre o motivo que explicaria a diferença entre o número de mortes no Brasil e no país vizinho, Argentina, que adotou duras medidas de isolamento social e tem 329 mortes no total, ante os 13.276 óbitos no Brasil.
“É só fazer a conta por milhão de habitante. Você pegou um país que está caminhando para o socialismo. Vamos falar da Suécia, que não fez quarentena?”, justificou Bolsonaro.
Citado pelo presidente, a Suécia é o país escandinavo com o maior número de casos e óbitos; tem mais de 3 mil mortos. Outras nações, que fizeram isolamento da população como Dinamarca (537 mortes), Finlândia (287), Noruega (229) e Islândia (10) estão com a curva de mortos menor.