Se a reforma da Previdência fosse votada hoje, não seria aprovada
O resultado é baseado em um levantamento feito pelo Estadão que consultou a intenção de voto dos deputados sobre a proposta
atualizado
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Caso a votação da reforma da Previdência fosse neste sábado (15/4), o projeto não seria aprovado pela maioria na Câmara dos Deputados. A informação é de um levantamento feito pelo Estadão que consultou os parlamentares sobre a proposta.
Atualizado na última quinta-feira (13/4), o Placar da Previdência mostra que o número de parlamentares contrários à proposta continua 275, enquanto o dos que são a favor, 101. Às 20h, havia 35 indecisos; 64 não quiseram responder; 36 não foram encontrados; e um disse que deve se abster.
O levantamento também mostrou que 71 deputados são a favor, mas com alteração da idade mínima para mulheres, e 55 apoiam as mudanças, mas com alteração da idade mínima para homens.Além disso, 76 são favoráveis, mas com criação de uma regra de transição para homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 anos, e 78 defendem a retirada da exigência de 49 anos de contribuição para ter o direito de benefício integral.
Tramitação
Na próxima terça-feira (18/4), o deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) apresentará o seu relatório sobre a reforma da Previdência. Na última semana, uma versão preliminar foi apresentada aos líderes de partidos da base do governo e, de acordo com o parlamentar, houve aprovação das alterações feitas.
Maia anunciou mudanças que eliminam a idade mínima para que uma pessoa entre na regra de transição da reforma. Era 45 anos para a mulher e 50 anos para o homem, na proposta original. Na proposta do governo, o cidadão teria de cumprir um pedágio de 50% do tempo de contribuição calculado pelas regras atuais.
Segundo Maia, sem idade mínima, cada um saberá se a transição é mais favorável que as regras novas ou não. De qualquer forma, todos teriam que obedecer a uma idade mínima de aposentadoria logo após a promulgação da reforma; uma idade que seria elevada progressivamente até 65 anos.
Depois de apresentado, o relatório da reforma será discutido e votado na comissão especial. Os deputados podem, no entanto, pedir para votar em separado algumas das 130 emendas apresentadas e que não tenham sido acolhidas pelo relator.
Com informações da Agência Câmara