Saúde tentou comprar doses da Sputnik V antes de aprovação na Anvisa
A contratação da vacina russa ocorre nos moldes do imunizante indiano da Covaxin, produzido pela Bharat Biotech
atualizado
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 investiga tentativa, promovida pelo Ministério da Saúde, para aquisição e importação de 200 milhões de doses da vacina russa Sputnik V. Os trâmites teriam ocorrido antes da aprovação de uso emergencial do imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A contratação da vacina russa foi realizada nos moldes do imunizante indiano da Covaxin, produzido pela Bharat Biotech e intermediado pela Precisa Medicamentos. As supostas irregularidades são o foco da investigação de momento pelo colegiado. A informação foi antecipada pelo G1 e confirmada pelo Metrópoles.
As tratativas iniciais previam que o Ministério da Saúde compraria 100 milhões de doses da Sputnik V, com possibilidade de dobrar a quantidade prevista no pedido. O documento sinalizando a intenção de compra é assinado pelo então secretário-executivo Élcio Franco.
Assim como no caso da Covaxin, a venda da vacina russa também conta com um intermediário: a União Química. A CPI da Covid já aprovou, inclusive, a convocação de representantes da farmacêutica para depor ao colegiado.
Conforme antecipado pelo Metrópoles, trata-se do ex-governador do Distrito Federal Rogério Rosso. O ex-titular do Palácio do Buriti será ouvido na condição de testemunha. Rosso, atualmente, ocupa o cargo de diretor de negócios internacionais da União Química, farmacêutica responsável pela fabricação do imunizante russo no Brasil.