Santos Cruz critica Bolsonaro por celebrar suspensão de testes da Coronavac
“Vergonha! Sem classificação!”, escreveu o general, ex-ministro do atual governo federal, em uma rede social
atualizado
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Ex-ministro da Secretaria de Governo (Segov) da presidência da República, o general Santos Cruz criticou, nesta quarta-feira (11/11), a posição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em relação à interrupção temporária dos estudos sobre a vacina chinesa Coronovac.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu interromper os testes sobre o imunizante para a Covid-19 nessa segunda-feira (9/11) após a morte – a causa foi identificada como suicídio – de um voluntário. O fato foi considerado como “evento adverso grave”. Na manhã desta quarta, porém, o órgão liberou a retomada do estudo.
Ao citar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e compartilhar a informação de que a Anvisa suspendeu os estudos clínicos da vacina chinesa, o chefe do Executivo federal disse, na terça-feira (10/11), em uma rede social, ter ganhado “mais uma”.
“Ganhou de quem?”, questionou o general Santos Cruz, nesta manhã. “Vacina, qualquer que seja, é saúde pública. É para a população. Não é assunto particular”, completou o ex-ministro do governo Bolsonaro, exonerado após desentendimento com o vereador Carlos Bolsonaro.
“O trato tem ser técnico e dentro da lei. Fora disso é irresponsabilidade, falta de noção mínima das obrigações, desrespeito pela saúde dos cidadãos. Vergonha! Sem classificação!”, prosseguiu. O comentário foi feito em uma rede social. Confira:
GANHOU DE QUEM? Vacina, qq que seja, é saúde pública. É para a população. Não é assunto particular. O trato tem ser técnico e dentro da lei. Fora disso é irresponsabilidade, falta de noção mínima das obrigações, desrespeito pela saúde dos cidadãos. Vergonha! Sem classificação!
— General Santos Cruz (@GenSantosCruz) November 11, 2020
Já no final da manhã desta quarta, a Anvisa autorizou a retomada dos estudos sobre a vacina chinesa. “Após avaliar os novos dados apresentados pelo patrocinador depois da suspensão do estudo, a Anvisa entende que tem subsídios suficientes para permitir a retomada da vacinação”, apontou o órgão.