metropoles.com

Saidões devem ser “só de uma cela para outra da prisão”, diz Bolsonaro

Presidente participou do lançamento de campanha publicitária do pacote anticrime, proposta do ministro da Justiça e Segurança Pública

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Bolsonaro e Moro
1 de 1 Bolsonaro e Moro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Ao discursar nesta quinta-feira (03/10/2019) no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse ser contra os chamados “saidões” previstos em lei. A medida corre o risco de acabar com o pacote anticrime proposto pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Ao lançar campanha publicitária sobre o pacote do ex-juiz da Lava Jato, que está há quase 10 meses na Câmara – mas não deslanchou, o mandatário do país disse que é a favor apenas da saída de presos da cela para outra parte da prisão. No discurso, o chefe do Executivo federal pediu apoio do Congresso para a aprovação da proposta.

“Saidões, para mim, podem existir da cela para outra parte da prisão. Eu acho que está bom, nada mais além disso”, defendeu Bolsonaro.

“Tenho certeza, em havendo, e haverá, o consentimento do Parlamento brasileiro, de que essa proposta será aprovada”, apostou. “E aquele que, porventura, no futuro, após a lei sancionada, quiser praticar um crime, porque são crimes premeditados, vai pensar muito, antes de cometê-lo, pois certas regalias como saidões deixarão de existir”, completou.

A maior parte dos parlamentares presentes ao evento integra a chamada “bancada da bala” na Câmara federal e apoia as medidas. No entanto, a proposta foi deixada em segundo plano pela Casa e é agora analisada por grupo de trabalho que reúne outras matérias semelhantes já apresentadas.

O presidente alertou aos deputados que a denominação bancada da bala é uma forma pejorativa de se referir ao trabalho deles, mas lembrou que ele e o ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) se mantiveram firmes na Câmara defendendo regras que beneficiaram policiais.

“Aos jovens parlamentares que estão aqui hoje, alguns de vocês aqui integram o que se chama de bancada da bala. É uma maneira de depreciar o trabalho de vocês. Lembro que, quase que de forma isolada, lá dentro da Câmara, era eu e o então coronel Alerto Fraga, que, sozinhos, segurávamos uma onda contra os policiais”, destacou o presidente.

A estratégia da campanha, cujo slogan é “Pacote Anticrime. A lei tem que estar acima da impunidade”, prevê a veiculação de anúncios em rádio, televisão, internet, cinema e mobiliários urbanos em defesa das medidas. Outdoors serão espalhados por todos os prédios da Esplanada dos Ministérios com o slogan e outras frases como “Mais rigidez no cumprimento das penas para crimes de corrupção, roubo e peculato”, “Mais tempo de prisão em regime fechado para crimes hediondos”.

Segundo o Planalto, a ideia “é mostrar à sociedade a importância da revisão do arcabouço jurídico da segurança pública e da adequação das leis da área à realidade atual do país”.

Durante a cerimônia, Sergio Moro falou sobre a mudança na política de segurança e mostrou números que, no entender do governo, já refletem melhora no quadro. “O Brasil não vai ser mais um paraíso para criminosos”, pontuou o ministro.

“Hoje mesmo foi publicado que, nos primeiros sete meses deste ano, houve redução de 22% do número de assassinatos no Brasil em comparação com o mesmo período do ano passado”, ressaltou o titular da pasta de Justiça e Segurança Pública.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?