Saiba tudo sobre a nova composição da Câmara e do Senado Federal
Congresso Nacional muda de “cara” na nova legislatura. Bancadas serão bem heterogêneas em se tratando de legendas, raças e gêneros
atualizado
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O Congresso Nacional inicia nesta sexta-feira (1º/2) sua 56ª legislatura apresentando uma composição bastante heterogênea. Tanto o Senado Federal quanto a Câmara dos Deputados terão uma “cara” bem diferente daquela que começou em 2015, graças às altas taxas de renovação em ambas as Casas.
O Senado teve um dos maiores índices de renovação da história: 85%. Ou seja, apenas oito senadores foram reeleitos. As outras 46 cadeiras postas em disputa nas eleições de outubro serão ocupadas por novos senadores. Na Câmara Federal, a renovação foi a maior dos últimos 20 anos: 52%. Dessa forma, 267 novos deputados federais vão assumir nesta sexta.
No Senado, Casa que conta com 81 parlamentares, as eleições de 2018 provocaram um cenário inusitado: o fracionamento do poder, com o maior número de legendas já visto participando das decisões a partir deste 1º de fevereiro. São 21 partidos, cinco a mais do que na legislatura passada. Debutam no Senado, onde ficarão no mínimo até 2026, PSL, Pros, Solidariedade, PRP e PHS.
Confira como ficaram as bancadas:
Já na Câmara, o PT continuará com a maior bancada, integrada por 56 deputados. O PSL, a reboque da popularidade do presidente Jair Bolsonaro, saiu de oito parlamentares para 52 e terá a segunda maior bancada – número que ainda pode aumentar com a liberação dos empossados nesta sexta para trocarem de siglas. Os antes “papões” de voto no Legislativo – MDB, PSDB e DEM – diminuíram de tamanho, enquanto o PRB cresceu (veja abaixo).
Brancos são maioria
A composição étnica do Congresso também mostra variedade, embora brancos continuem maioria. Entre os 81 senadores, 67 se autodeclararam como da cor branca à Justiça Eleitoral (82,71%); 11 (13.58%) da cor parda e 3 (3,7) pretos.
Na Câmara, a miscigenação é maior: dos 513 deputados federais, 385 consideram-se brancos (75%), 104 pardos (20,2), 21 pretos (4,09%) e 2 amarelos (0,38%). Há de se destacar que teremos a primeira mulher indígena como deputada federal: Joênia Wapichana (Rede-RO).
Gênero
A Câmara ganhará novas parlamentares. A bancada feminina da Casa será composta por 77 mulheres – 15% das cadeiras. Na legislatura anterior, as mulheres representavam 10% da Casa, com 51 deputadas. Entre as eleitas, 43 ocuparão o cargo pela primeira vez.
No Senado, o quadro foi inverso: a bancada feminina caiu de 13 para 12 parlamentares. Dos 353 candidatos ao Senado nas eleições de 2018, 62 eram mulheres e, dessas, sete se elegeram. Em 20 estados, nenhuma mulher foi eleita e em três deles nem houve candidatas.
O Distrito Federal e a Paraíba elegeram suas primeiras senadoras: Leila do Vôlei (PSB) e Daniella Ribeiro (PP), respectivamente.
Os milionários
Uma curiosidade: proporcionalmente ao tamanho das Casas Legislativas, há mais senadores milionários (66,66%) do que deputados federais (47%). Confira o levantamento, com base nas informações prestadas pelos novos parlamentares à Justiça Eleitoral: