1 de 1 Senador Carlos Fávaro (PSD-MT), futuro ministro da Agricultura, em comissão do Senado - Metrópoles
- Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
O senador Carlos Fávaro (PSD-MT) foi confirmado nesta quinta-feira (29/12) ministro da Agricultura no terceiro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fávaro é um dos indicados pelo PSD para compor a Esplanada dos Ministérios de Lula. O anúncio dos nomes dos últimos 16 ministros foi feito pelo presidente eleito nesta quinta-feira (29/12), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília.
Veja outros indicados para a Esplanada:
Fávaro foi eleito em 2020, em eleição suplementar, após cassação da ex-senadora juíza Selma Arruda. Antes, entre 2015 e 2018, ele ocupou o cargo de vice-governador de Mato Grosso na gestão de Pedro Taques. Antes de se filiar ao PSD, Fávaro passou pelo PP.
O nome de Fávaro ganhou força apesar de alguma resistência interna no agronegócio, com o endosso de Blairo Maggi. Interlocutores do empresário afirmaram ao site que o ex-governador do Mato Grosso e “rei da soja” apoia o nome do político para a Esplanada dos Ministérios.
Fávaro é reconhecido por seu trabalho nos últimos anos à frente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT). Essa atuação o projetou para a política nacional em 2018.
Fávaro era o mais cotado entre os candidatos ao cargo na Esplanada. Internamente, ele disputou o posto contra o ex-ministro da Agricultura, o deputado federal Neri Geller (PP-MS), que atuou no governo de Dilma Rousseff (PT). Durante a campanha de Lula deste ano, o Progressistas se aproximou do então candidato à Presidência da República.
Como “prêmio de consolação“, Neri deve ficar com secretário-executivo da pasta – ainda incerto, de acordo com o conselho político.
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Lula anuncia novos nomes para ministérios em coletiva de imprensa no CCBB
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Bolsonarista no Senado
A primeira suplente do senador é Margareth Buzetti, vista como uma fervorosa apoiadora de Jair Bolsonaro. Ela, inclusive, chegou a fazer parte do grupo “Mulheres com Bolsonaro” durante o segundo turno deste ano.
Com a ida de Fávaro à Esplanada, o receio é de que ela vote contra as matérias do PT. Margareth não deu nenhuma sinalização concreta que integrará a base do governo Lula. Na última semana, Margareth deixou o PP e filiou-se ao PSD para que a sigla não perdesse o mandato no Senado com a nomeação de Fávaro. A suplente, contudo, não fez menção alguma à troca de partido em suas redes sociais.
Fávaro tentou articular para que ela assumisse uma secretaria no governo de Mauro Mendes (União), no Mato Grosso, dando lugar no Senado a José Lacerda (MDB), segundo suplente, nome mais alinhado a Lula.
No entanto, o movimento não foi bem recebido por Margareth. No Facebook, ela disse que não conversou com o governador Mauro Mendes sobre o assunto e que “qualquer informação dessa natureza não passa de especulação de terceiros”.