Rússia-Ucrânia: chanceler brasileiro conversa com secretário dos EUA
Segundo o Itamaraty, os ministros conversaram sobre a “crise de segurança na Ucrânia” e o “tratamento do tema na ONU”
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, recebeu, na manhã desta sexta-feira (25/2), um telefonema do Secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, para discutir questões relacionadas ao conflito envolvendo a Rússia e a Ucrânia.
“O ministro Carlos França recebeu hoje telefonema do Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. Debateram a grave crise de segurança na Ucrânia e o tratamento do tema no Conselho de Segurança da ONU”, disse o perfil do Itamaraty, no Twitter.
“Os ministros discutiram o que é possível fazer para encerrar as operações militares em curso, restaurar a paz e impedir que a população civil continue a sofrer as consequências do conflito”, completou o ministério, na publicação.
O Ministro Carlos França recebeu hoje telefonema do Secretário de Estado dos EUA, @SecBlinken. Debateram a grave crise de segurança na Ucrânia e o tratamento do tema no Conselho de Segurança da #ONU. 🇧🇷🇺🇸 pic.twitter.com/FhRZq0ycj2
— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) February 25, 2022
A conversa, que aconteceu um dia após a invasão da Ucrânia, por parte da Rússia – não estava prevista na agenda oficial do ministro.
Nota do Itamaraty
Apenas no fim da manhã de quinta-feira (24/2), o Ministério das Relações Exteriores se manifestou sobre a invasão russa à Ucrânia.
Segundo o comunicado, o Brasil acompanha “com grave preocupação” a deflagração das operações militares pela Rússia contra o país vizinho e pede “suspensão imediata das hostilidades” na região.
“O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk, e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil”, diz a nota de três parágrafos emitida pelo Ministério das Relações Exteriores.
O texto prossegue lembrando que o Brasil, como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, está engajado nas discussões multilaterais e defende que as soluções sejam orientadas pelos princípios da não intervenção, da soberania e integridade territorial dos Estados e da solução pacífica das controvérsias.