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Romero Jucá e filho são alvos de operação da PF contra laranjal

Policiais cumprem seis mandados de busca e apreensão em Boa Vista (RR), reduto eleitoral do ex-senador Romero Jucá

atualizado

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ANDRE DUSEK / ESTADÃO
ANUNCIO DEFICIT 170 BILHOES
1 de 1 ANUNCIO DEFICIT 170 BILHOES - Foto: ANDRE DUSEK / ESTADÃO

O ex-senador Romero Jucá (MDB) e seu filho, o ex-governador de Roraima Rodrigo Jucá (MDB), estão entre os alvos da Operação Títeres, deflagrada na manhã desta quarta-feira (11/12/2019) pela Polícia Federal (PF). A informação foi antecipada pelo jornal O Estado de S.Paulo e confirmada ao Metrópoles por fontes da operação. 

A ação tem o objetivo de investigar associação criminosa que seria responsável por fraudes e desvios de recursos públicos do Fundo Eleitoral durante o pleito do ano passado. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Boa Vista (RR). 

O Metrópoles apurou que Romero e Rodrigo Jucá estão entre os suspeitos de administrarem o dinheiro, segundo a investigação da PF. A dupla escolhia ainda quais candidaturas receberiam mais recursos. 

As investigações da Operação Títeres tiveram início quando a PF constatou que, em Roraima, candidatos obtiveram um índice de “custo de votos em reais” referente às candidatas ao cargo de deputado federal ou estadual 20 vezes superior à média brasileira.

Com a análise dos dados, a PF identificou candidatas aos referidos cargos que, apesar dos recursos recebidos, obtiveram um número irrisório de votos. Certa candidata teria recebido quase R$ 105 mil e obtido apenas 9 votos, por exemplo.

“Os indícios constantes no Inquérito Policial apontam que se tratariam de candidatas ‘laranjas’, que seriam utilizadas para obtenção de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha [fundo eleitoral] para o grupo criminoso”, explica a PF, em nota.

Os recursos seriam, então, destinados a candidatos que efetivamente disputariam o pleito ou utilizados para pagamentos de empresas de fachadas, ou por serviços que não teriam sido executados.

Apesar de as candidatas investigadas serem de um partido político, a maior parte dos recursos destinados a elas seria oriunda de outro partido que participava de mesma coligação à época.

“A autorização e execução da transferência de recursos do Fundo de Financiamento Especial de Campanha dependeria da presidência estadual dos partidos, bem como deles também dependeriam a escolha de candidatos e aprovação de suas respectivas prestações de contas”, complementa. 

Os crimes investigados são: participação em associação criminosa, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de valores do financiamento eleitoral. Somados, podem chegar a 14 anos de prisão.

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