Rodrigo Maia vai presidir entidade que reúne instituições financeiras
Maia vai assumir a presidência da CNF a partir desta quinta-feira (2/2). Ele não disputou as eleições em 2022 e está sem mandato
atualizado
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O ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (PSDB-RJ) assume, a partir de quinta-feira (2/2), a presidência da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), entidade que representa os diferentes segmentos do mercado financeiro.
Fundada em 1985, a CNF é uma comunidade financeira que age em esfera nacional e regional dando suporte ao ramo empresarial e econômico. Maia terá mandato de três anos à frente da confederação.
Rodrigo Maia presidiu a Câmara dos Deputados em dois momentos: entre 2017 e 2018 e entre 2019 e 2020. Em julho de 2016, ele foi eleito para um mandato tampão após a renúncia de Eduardo Cunha. No segundo período em que presidiu a Casa precisou lidar com medidas de enfrentamento à pandemia de Covid-19. Em diversas ocasiões, se colocou como contraponto ao então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Expulso do então DEM (agora União Brasil) por desentendimentos com ACM Neto, Maia deixou Brasília após seu candidato à Presidência da Câmara, Baleia Rossi (MDB), perder para Arthur Lira (PP) em 2021.
Após não conseguir eleger seu sucessor, ele se licenciou do mandato na Câmara e aceitou convite de João Doria (PSDB) para comandar a Secretaria de Projetos e Ações Estratégicas do governo de São Paulo. Depois que Rodrigo Garcia (PSDB) anunciou apoio a Bolsonaro na disputa presidencial e a Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo estadual, ele pediu demissão da pasta.
Nas eleições de 2022, Maia declarou voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em foto divulgada pelas redes sociais no dia do segundo turno, o político fez um “L”, símbolo que representa apoio ao petista.
Ainda no começo de outubro, Maia já havia declarado apoio ao petista.
“Óbvio que meu voto estará no outro campo, no campo que não é o do presidente Bolsonaro. [Meu voto] Será mais uma vez naquele que eu acredito que vai afirmar os valores democráticos, que vai preservar o nosso meio ambiente — que é um grande ativo que a gente tem — e que, principalmente, vai olhar para os mais pobres”, disse, na ocasião.
Após seis mandatos consecutivos, Maia decidiu não disputar nenhum cargo eletivo no ano passado.