Rodrigo Maia alfineta Bolsonaro e vê até “risco de hiperinflação”
O presidente da Câmara citou as falas polêmicas do presidente e afirmou que Câmara tem “compromisso com a vacina” contra a Covid-19
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou as declarações que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), deu nesta terça-feira (10/11) sobre a pandemia de coronavírus. O democrata falou que reafirma, em nome da Câmara dos Deputados, o “compromisso com a vacina”. Ao alfinetar Bolsonaro, Maia escreveu ver até “risco de hiperinflação”.
“Entre pólvora, maricas e o risco à hiperinflação, temos mais de 160 mil mortos no país, uma economia frágil e um estado às escuras. Em nome da Câmara dos Deputados, reafirmo o nosso compromisso com a vacina, a independência dos órgãos reguladores e com a responsabilidade fiscal”, escreveu Maia no Twitter.
Entre pólvora, maricas e o risco à hiperinflação, temos mais de 160 mil mortos no país, uma economia frágil e um estado às escuras. Em nome da Câmara dos Deputados, reafirmo o nosso compromisso com a vacina, a independência dos órgãos reguladores e com a responsabilidade fiscal.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) November 10, 2020
Mais cedo, Bolsonaro comemorou a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de suspender os estudos sobre a Coronavac, vacina contra a Covid-19 que tem sido defendida pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O presidente chegou a dizer que essa foi “mais uma que Jair Bolsonaro ganha” contra o mandatário paulista.
Em outra fala polêmica, também nesta tarde, o presidente criticou as medidas tomadas contra a pandemia de coronavírus, afirmando que o Brasil tem que deixar de ser “um país de maricas” e reabrir toda a economia. Ele ainda insinuou uma briga com os Estados Unidos ao criticar a intenção do presidente eleito Joe Biden, de criar um fundo para investir U$ 200 milhões no combate à destruição da Amazônia.
“Como é que nós vamos fazer frente a tudo isso? Apenas pela democracia não dá. Depois que acabar a saliva tem que ter pólvora”, disse Bolsonaro.