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Roberto Jefferson faz ataques homofóbicos a ministros do STF: “Sodomitas”

Em entrevista, novo aliado de Bolsonaro disse que há dois ministros “sodomitas” na corte. Ele chamou um ministro de “Cármen Miranda”

atualizado

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O ex-deputado federal e atual presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, traçou uma série comentários homofóbicos contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), nessa segunda-feira (20/07), em entrevista para o canal bolsonarista “Questione-se”, no Facebook. Na live, ele disse que há magistrados que “são sodomitas” e que “usam saia pela opção sexual”.

Os ofensas foram desferidas quando ele falava sobre o julgamento de pautas de gênero, como a decisão do ano passado em que a Corte enquadrou como crimes a homofobia e a transfobia.

“Aí querem fazer pauta de gênero. Porque eles até hoje não encontraram os seus, não é? Você imagina uma cena, um ministro do Supremo de quatro, e um negão pa, puf puf nele [simula gestos de conotação sexual]. Não dá. Como esse homem pode representar a Justiça, rapaz?”, disse.

Jefferson disse que há “dois ministros sodomitas” no STF. “Vem um fuzileiro naval daqueles, um peludo, pa, pa, ‘grita, ministro. Me bate, me bate. Pa, pa.’ Que horror, meu irmão. Um sodomita. Dois. Tem dois sodomitas ministros. Se fossem juízes, nunca deixariam a vara, a Justiça de primeira instância. Usam saias. Não é por saber jurídico. É por opção sexual [balança as mãos]”, disse, em risos.

Mais para frente, o ex-deputado condenado no caso do mensalão do PT, partido ao qual era aliado, ele chegou a chamar o ministro Edson Fachin de “Cármen Miranda”, Luís Roberto Barroso de “Lulu Boca de Veludo”, Gilmar Mendes de “sapão” e o futuro presidente da Corte, Luiz Fux, de “Beija Pé”.

“Tem ministros de rabo preso e dois de rabo solto. Um é o Carmen Miranda e o outro é o Lulu Boca de Veludo. É uma coisa… Você imagina um homem desses julgando”, opinou. Para ele, Fux se “ajoelhou e beijou os pés” da esposa do ex-governador do Rio Sergio Cabral, condenado na Lava Jato, para agradecer a indicação ao comando do STF.

Atual aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Jefferson é investigado no inquérito que corre no Supremo contra atos antidemocráticos. Ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes. Em 2012, ele foi condenado pelo STF no processo do mensalão, do qual ele critica no vídeo. 

Confira trecho do vídeo:

 

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