RJ: Bolsonaro inaugura obra e participa de megaevento evangélico
O presidente desembarca na cidade fluminense no início da tarde deste sábado. Após cumprir agenda oficial, volta a Brasília no fim do dia
atualizado
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), inaugura neste sábado (15/02/2020), por volta das 14h, no Rio de Janeiro, um trecho de 2,5 quilômetros da Ecoponte. Depois, às 16h, o chefe do Planalto participa de um megaevento evangélico da Igreja Internacional da Graça de Deus, na Enseada de Botafogo, zona sul a cidade. A instituição acumula uma dívida de R$ 144,3 milhões com a União, segundo informações da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
Desde sexta (14/02/2020), o evento tem causado transtornos no trânsito do entorno da região, com a instalação de uma grande estrutura para receber mais de 100 mil pessoas, segundo expectativa dos organizadores. Esse será o segundo compromisso evangélico de Bolsonaro em uma semana.
Uma espécie de alça que sai da Ponte Rio-Niterói, o trecho que será inaugurado pelo presidente é na altura do Caju, em direção à Linha Vermelha, e visa desafogar o trânsito de quem sai de Niterói em direção à Avenida Brasil. A expectativa é que 15 mil veículos passem diariamente pelo novo trecho, realizado pela concessionária Ecoponte, prevista em contrato de concessão assinado em 2015. A obra demorou 20 meses para ficar pronta, ao custo de R$ 230 milhões.
Na sexta, ao receber de surpresa estudantes do Instituto de Ciências Aplicadas de Limeira (SP) em seu gabinete no Palácio da Alvorada, Bolsonaro confirmou a presença na comemoração dos 40 anos da igreja do pastor neopentecostal Romildo Ribeiro Soares, mais conhecido como RR Soares, também apresentador de um programa na televisão e fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus.
“No sábado à tarde estarei no Aterro do Flamengo, no evento evangélico a convite do RR Soares”, disse a 35 estudantes “animadas” segundo o próprio presidente, que chegou a mandar recado para o noivo de uma delas a pedido da estudante. “Ô Luís, namorada bonita, hem? Se eu fosse você não deixava ela andar por aí sozinha, não”, disse Bolsonaro, provocando a gargalhada do grupo.
Oração e choro
Antes, o presidente chegou a chorar após uma oração do grupo, ao falar da própria trajetória, iniciada, segundo ele, “na região mais pobre de São Paulo”, e que chegou à presidência. “Sobrevivemos a uma facada e sobrevivemos a outro milagre, que foi a eleição. O que mais peço a Deus é mudar o destino do Brasil. Não é fácil”, disse com a voz embargada.
No mesmo encontro, Bolsonaro fez um breve balanço do seu governo, afirmando que está fazendo “o que pode” para desregulamentar o setor produtivo e reclamou pelo grande número de sindicatos do País e de causas trabalhistas na Justiça. “Não pode um país ter 15 mil sindicatos e mais ações trabalhistas do que no mundo todo”, afirmou.
Ele disse ainda ter se encontrado “muito com a Receita Federal” para conversar sobre a necessidade de simplificar instruções normativas para destravar a economia e lembrou já ter editado a lei da liberdade econômica, que agiliza a abertura de empresas. “Algumas instruções normativas têm que ser extintas ou revogadas ou simplificadas”, avaliou. “Queremos dar liberdade a quem está lá embaixo, sentir na pele o que é CLT”, afirmou.