metropoles.com

Rio: “Crime organizado é metástase”, diz Temer ao assinar intervenção

“Eu tomo esta medida extrema porque as circunstâncias assim exigem”, afirmou o presidente da República durante a cerimônia de assinatura

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Presidente Michel Temer durante pronunciamento a país – Brasília(DF), 18/05/2017
1 de 1 Presidente Michel Temer durante pronunciamento a país – Brasília(DF), 18/05/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O presidente da República, Michel Temer (MDB), assinou, no início da tarde desta sexta-feira (16/2), decreto que estabelece a intervenção militar na segurança pública do Rio de Janeiro. A Câmara dos Deputados deve receber hoje mensagem presidencial e convocar sessão de votação em plenário entre segunda (19) e terça-feira (20).

“O crime organizado quase tomou conta do estado do Rio de Janeiro. É uma metástase que se espalha pelo país e ameaça a tranquilidade do nosso povo. Por isso, acabamos de decretar neste momento a intervenção federal da área da segurança pública do Rio”, disse o presidente após assinar o decreto. “A desordem, sabemos todos, é a pior das guerras. Começamos uma batalha em que o nosso único caminho só pode ser o sucesso”, continuou.

O governador fluminense, Luiz Fernando Pezão (MDB), que deu o aval para a intervenção federal em reunião com Temer na noite de quinta-feira (15), admitiu não ter conseguido “deter a guerra entre facções no nosso estado”. “O Rio paga o preço por uma ocupação desordenada muito forte. E só a nossa área de segurança não dá vazão ao crime organizado que existe no Rio”, afirmou.

Em seguida, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), destacou que a intervenção é uma situação que “nenhum carioca gostaria de estar passando”, mas, nas atuais circunstâncias, “talvez seja o último caminho de recuperar o estado do Rio para nossa população”. Ele elogiou a medida adotada pelo presidente da República. “A decisão de Temer de assumir a responsabilidade na área de segurança pública é, sem dúvida nenhuma, de coragem”, afirmou.

Essa é a primeira vez, desde a promulgação da Constituição de 1988, que o Congresso analisará pedido de intervenção federal em um estado. Sob ordem jurídica diferente daquela em vigor hoje, o governo militar de Castelo Branco decretou a intervenção em Goiás (1964) e Alagoas (1966). Nos dois casos, a medida foi submetida à aprovação do Parlamento.

Ao chegar na Câmara, o decreto em vigor irá direto para o plenário, já que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) – responsável pela análise inicial da matéria – ainda não foi constituída neste ano.

O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), escolherá relator que, representando a CCJ, irá proferir o parecer em plenário. Para votar o decreto de intervenção, é necessária a presença de 257 deputados. A matéria tem de ser aprovada pela maioria dos presentes, sem emendas. Se o projeto for rejeitado na Câmara, o decreto será considerado suspenso. (Com informações da Agência Estado)

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?