metropoles.com

Ricardo Velez Rodriguez será ministro da Educação, diz Bolsonaro

Indicado pelo presidente eleito é filósofo e professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Youtube
Ricardo Vélez Rodriguez
1 de 1 Ricardo Vélez Rodriguez - Foto: Reprodução/Youtube

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, anunciou na noite desta quinta-feira (22/11) o nome do futuro ministro da Educação. É Ricardo Velez Rodriguez. O indicado é colombiano e filósofo. Autor de mais de 30 obras, atualmente professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. O anúncio foi feito pelo Twitter:

Segundo o perfil publicado por Bolsonaro, o futuro ministro da pasta é mestre em pensamento brasileiro pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ) e doutor em pensamento luso-brasileiro pela Universidade Gama Filho. “Pós-doutor pelo Centro de Pesquisas Políticas Raymond Aron, Paris, com ampla experiência docente e gestora”, completou.

O nome do professor tem apoio da bancada evangélica, que na véspera vetou o educador Mozart Neves para o cargo. À tarde, Bolsonaro se reuniu por três horas na Granja do Torto, em Brasília, com o procurador regional da República no Distrito Federal Guilherme Shelb, que também era cotado para o cargo. Ao deixar o local, Shelb admitiu ter apoio “muito significativo” da bancada evangélica e reafirmou ser a favor do movimento Escola Sem Partido.

Escola sem Partido e críticas ao Enem
O professor é um desconhecido na comunidade educacional. Ele mantém um blog em que contou, em 7 de novembro, que foi indicado a Bolsonaro pelo filósofo Olavo de Carvalho para comandar a pasta.

No texto, ele diz que é preciso “refundar” o Ministério da Educação no “contexto da valorização da educação para a vida e cidadania a partir dos municípios” e que será o ministro da Educação para “tornar realidade, no terreno do MEC, a proposta de governo externada pelo candidato Jair Bolsonaro, de “mais Brasil e menos Brasília”. Diz, ainda, que Bolsonaro venceu porque representou a insatisfação de todos os brasileiros contra governos petistas.

O professor também é crítico de outros nomes que foram pensados para o MEC, como a da presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Maria Inês Fini. Para o futuro ministro, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) prova que ela é responsável, atualmente, por um “instrumento de ideologização”.

Sobre educação, Velez escreve de maneira complicada, mas deixa clara sua afinidade com projetos como o Escola sem Partido. Em seu blog, ele diz que os brasileiros estão “reféns de um sistema de ensino alheio a suas vidas e afinado com a tentativa de impor à sociedade uma doutrinação de índole cientificista e enquistada na ideologia marxista, travestida de ‘revolução cultural gramsciana’, com toda a sorte de invenções deletérias em matéria pedagógica, como a educação de gênero”.

Para ele, essa educação atual estaria “destinada a desmontar os valores tradicionais da nossa sociedade, no que tange à preservação da vida, da família, da religião, da cidadania, em suma, do patriotismo”.

O professor também tem um livro, de 2015, chamado A Grande Mentira. Lula e o Patrimonialismo Petista, em que critica o PT. Na contracapa, diz que o partido conseguiu “potencializar as raízes da violência” mediante a disseminação “de uma perniciosa ideologia que já vinha inspirando a ação política do Partido dos Trabalhadores: a ‘revolução cultural gramsciana’”. (Com informações da Agência Estado)

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?