Ribeiro rechaça tirar Dupas do Inep: “Questão de técnicos é econômica”
Ministro da Educação diz que não pedirá investigação de assedio moral, “pois é uma questão subjetiva”, e que confia no presidente do Inep
atualizado
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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou, nesta terça-feira (16/11), que não há chance de afastar o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas, como pediram deputados da oposição. Ribeiro disse que não irá investigar assédio moral denunciado por servidores por ser algo “subjetivo” e destacou que a questão com os funcionários do órgão é econômica, não educacional.
“Essas questões de assédio moral são muito subjetivas. O que é assédio? Então, nós temos lá a Corregedoria no MEC, no próprio Inep, que eles vão poder fazer as denúncias e, provando, nós vamos tomar as medidas cabíveis. Sem chance [de afastar Danilo Dupas], sem chance nenhuma. O professor Danilo é um excelente profissional e continua tendo total confiança do Ministro da Educação”, declarou Ribeiro, após sair de reunião da liderança do PP na Câmara.
“A questão esbarra em outro tema, que naturalmente será debatido a posteriori, que é a questão do JEC, que é a gratificação por cursos, quem deve e quem não deve. Isso que fez com que alguns funcionários merecidamente, corretamente, recebessem até R$ 80 mil por ano a mais do salário. Esse que é o ponto que está sendo discutido. A questão não é educacional, com todo o respeito que eu tenho. A questão é econômica. De um grupo desses 37 [servidores] que assinaram o pedido, 35 recebiam o cheque”, acrescentou.
Sem interferência
O ministro voltou a dizer que não houve interferência política e que as provas estão impressas há cerca de três meses. “Nem o presidente [Dupas], nem eu, nem o presidente da República, ninguém tem interferência”, disse ele.
A Comissão de Educação da Câmara deve analisar, nesta quarta-feira (17/11), a convocação do ministro para tratar da crise no Inep e a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), previstos para 21 e 28 de novembro. Ele não quis se manifestar sobre a iminente convocação.