“Réu tem direito ao silêncio”, diz Mourão sobre depoimento de Pazuello
Na quinta-feira (13/5), a AGU entrou com um habeas corpus no STF para que Pazuello possa permanecer calado durante oitiva na CPI da Covid-19
atualizado
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Na manhã desta sexta-feira (14/5), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello possa ficar em silêncio na CPI da Covid-19, que investiga as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.
“Tudo é possível acontecer dentro daquela CPI, pela forma que é conduzido o interrogatório. Considero que, no fim das contas, o Pazuello já é investigado no inquérito que a Polícia Federal está tocando, em relação ao caso de Manaus. Então, na realidade, ele não é testemunha, ele é réu. Réu tem direito ao silêncio”, opinou o general.
Em janeiro, a pedido do Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal abriu um inquérito para apurar a responsabilidade de Pazuello na crise da capital do Amazonas.
Nesta quinta-feira (13/5), a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar blindar o ex-ministro da Saúde em seu depoimento. A peça tem o intuito de garantir que o ex-integrante do governo fale somente se quiser e, inclusive, pode barrar qualquer possibilidade de prisão.
O depoimento de Pazuello aos senadores, considerado crucial para os trabalhos da comissão, está marcado para a próxima quarta-feira (19/5).