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Reprovação a Michel Temer sobe para 84,5%, segundo pesquisa CNT

É a pior avaliação de um presidente da República em toda a série histórica. Nas intenções de voto, Lula lidera em todos os cenários

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Michel Temer
1 de 1 Michel Temer - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em Nova York, onde fez o discurso de abertura da 72ª Assembleia Geral das Nações Unidas, e na véspera da apreciação, pelo STF, de nova denúncia contra ele, o presidente Michel Temer sofreu um revés com a divulgação da pesquisa CNT/MDA, na manhã desta terça-feira (19/9), em Brasília. O levantamento traz a pior avaliação tanto de desempenho pessoal quanto de governo de um presidente da República em toda a série histórica.

De acordo com o levantamento, realizado entre os dias 13 e 16 de setembro, Temer enfrenta 84,5% de reprovação. A pesquisa anterior, publicada em fevereiro pela Confederação Nacional do Transporte, apontava um índice de 62,4%.

O índice da avaliação negativa do governo também registrou grande aumento, chegando a 75,6% ante 44,1% apontados em fevereiro. O número de pessoas que consideram o governo Temer como bom caiu de 9,1% para 2,9%. Apenas 0,5% avaliaram como ótimo. Em fevereiro de 2017, 1,2% dos entrevistados consideravam o governo ótimo.

Segundo a CNT, 80% dos entrevistados acreditam ainda que o presidente não está fazendo as reformas necessárias para o país e 58,6% afirmam não ter “nenhuma confiança” em Temer. Apenas 5,8% dos consultados acreditam que o governante está enfrentando os principais problemas do país.

Lula na frente
Na pesquisa divulgada nesta terça, Lula mantém o favoritismo que tinha em fevereiro, agora com 20,2% das intenções de voto espontâneas para a Presidência da República em primeiro turno. A preferência por Bolsonaro cresceu, de 6,5% para 10,9%. O deputado do PSC é seguido por João Doria, com 2,4%, Marina Silva (1,5%) e Geraldo Alckmin (1,2%). A ex-presidente Dilma Rousseff seria a escolhida de 0,7% dos entrevistados. Michel Temer de 0,4% e Aécio Neves de 0,3%.

A proporção de votos brancos ou nulos e de indecisos, no entanto, chamou atenção: 21,2% e 37%, respectivamente. Indicativos que Clésio Andrade, presidente da CNT, considera como sinalizadores de que a população não encontrou ainda o seu representante entre os nomes disponíveis atualmente.

“Abre espaço para um novo nome não político aparecer com rejeição zero, como aconteceu com Doria no passado”, comentou, se referindo à eleição do empresário para a prefeitura de São Paulo.

Em segundo turno, Lula continua com a maior parte das intenções de voto em todos os cenários em que aparece como candidato.Contra Aécio, teria 41,8% da preferência dos eleitores. Contra Geraldo Alckmin, ganharia por 40,6%. Contra Jair Bolsonaro, seria eleito com 40,5,5% e contra João Doria, com 41,6%.

O levantamento traz ainda dados sobre limite de voto em possíveis presidenciáveis. Nessa listagem, Aécio Neves é o nome com maior rejeição: apenas 1,1% das pessoas disseram que ele é o único em que votariam, enquanto 69,5% disseram que não votariam nele “de jeito nenhum”.

Entre os nomes do PSDB, João Doria é o que apresenta menor índice de rejeição: 42,9% das pessoas não votariam no prefeito de São Paulo caso ele concorresse à Presidência, contra 52,3% quando a mesma pergunta se refere a Geraldo Alckmin.

Na pesquisa CNT/MDA há também avaliações do governo federal e do desempenho pessoal do presidente Michel Temer e as expectativas da população sobre emprego, renda, saúde, educação e segurança. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 137 municípios das 25 unidades da federação.

Confira outros índices trazidos no relatório:

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Crise política: Para 94,3% dos entrevistados, o país está em crise política. Desses, 49,9% acreditam que a troca do presidente não resolveria a situação. 36,1% consideram que a situação política do Brasil está "completamente fora de rumo"
Lava Jato e Corrupção: 79,9% dizem que estão acompanhando a operação Lava Jato. 78,5% afirmam que aprovam a operação que investiga casos de corrupção envolvendo políticos e empresários. Para 54% dos entrevistados, a Lava Jato está beneficiando o Brasil. 24% consideram que não está beneficiando e nem prejudicando. E 15,9% acham que ela está prejudicando o país.
Michel Temer: Para 46,7% dos participantes, o presidente não é respeitado. Apenas 2,4% consideram que ele é "muito respeitado". A maior parte dos consultados (59%) acha que o presidente não está enfrentando os principais problemas do país. E a maioria (58,6%) afirma não ter nenhuma confiança em Temer. Comparando o atual presidente com Dilma Rousseff, 55,4% disseram não confiar em nenhum dos dois, enquanto 30,1% dizem que confiam mais em Dilma que em Temer.
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Protestos: Apenas 9% dos entrevistados disseram ter participado de algum protesto ou ato político desde 2013. No entanto, 30,8% das pessoas afirmaram "ter a intenção" de participar de algum ato em favor da saída do presidente Michel Temer

ALESSANDRO BUZAS/FUTURA PRESS/ESTADAO/Divulgação
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Crise política: Para 94,3% dos entrevistados, o país está em crise política. Desses, 49,9% acreditam que a troca do presidente não resolveria a situação. 36,1% consideram que a situação política do Brasil está "completamente fora de rumo"

Daniel Ferreira/Metrópoles
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Lava Jato e Corrupção: 79,9% dizem que estão acompanhando a operação Lava Jato. 78,5% afirmam que aprovam a operação que investiga casos de corrupção envolvendo políticos e empresários. Para 54% dos entrevistados, a Lava Jato está beneficiando o Brasil. 24% consideram que não está beneficiando e nem prejudicando. E 15,9% acham que ela está prejudicando o país.

GERALDO BUBNIAK/AGB/ESTADÃO CONTEÚDO
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Michel Temer: Para 46,7% dos participantes, o presidente não é respeitado. Apenas 2,4% consideram que ele é "muito respeitado". A maior parte dos consultados (59%) acha que o presidente não está enfrentando os principais problemas do país. E a maioria (58,6%) afirma não ter nenhuma confiança em Temer. Comparando o atual presidente com Dilma Rousseff, 55,4% disseram não confiar em nenhum dos dois, enquanto 30,1% dizem que confiam mais em Dilma que em Temer.

Rafaela Felicciano/Metrópoles

 

 

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