Representantes do agronegócio elogiam discurso de Bolsonaro na ONU
Para CNA, brasileiro conseguiu afastar equívocos ambientais. Kátia Abreu, porém, avalia que presidente errou ao criticar outros países
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente da Confederação Nacional da Agricultura, João Martins, elogiou o discurso do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na abertura da 74ª reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas. Ele afastou a ideia de que o governo está colocando o mundo contra o agronegócio brasileiro.
“O presidente Jair Bolsonaro conseguiu posicionar o Brasil na ONU. Defendeu a soberania nacional, esclareceu equívocos sobre a Amazônia e ressaltou o importante papel do Brasil na produção mundial de alimentos e na preservação do meio ambiente. Também afastou a tese de que o governo está colocando o mundo contra o agro brasileiro, defendendo não apenas o setor, mas toda a nação”, disse João Martins.
Bolsonaro negou que haja desrespeito com o meio ambiente no Brasil e também a destruição da Floresta Amazônica, fator que importante para países desenvolvidos e que pode ameaçar a comércio dos produtos brasileiros.
O discurso de Bolsonaro, no entanto, causou desconforto em outros representantes do setor do agronegócio. A senadora Kátia Abreu (PDT-TO), ex-presidente da CNA e liderança forte na área, lamentou o fato de Bolsonaro ter criticado outros países, o que, para ela, não traz vantagens para o país.
“Bolsonaro poderia ter aproveitado melhor o seu tempo na ONU com relação ao meio ambiente. Tinha totais condições de fazê-lo. Somos exemplo em sustentabilidade. Falar mal de outros países não traz crescimento para Brasil. Somos maiores que tudo isto”, disse a senadora, por meio das redes sociais.
Como pontos positivos do discurso, a senadora apontou a defesa da “soberania nacional” e a “necessidade urgente de recuperar a economia”. “Dois pontos indiscutíveis”, comentou a senadora.