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Renan mantém processo de impeachment no Senado

Presidente do Senado contesta decisão do deputado Waldir Maranhão (PP-MA), que anulou a tramitação do impedimento de Dilma Rousseff na Câmara

atualizado

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sentou à Mesa Diretora por volta das 16h20 desta segunda-feira (9/5) e convocou todos os parlamentares da Casa para, nas palavras dele, “fazer um importante anúncio aos senadores e à nação”. Às 16h45, sentenciou: vai manter a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado.

“A decisão do presidente interino da Câmara é absolutamente intempestiva”, atacou Renan, referindo-se ao ato do deputado Waldir Maranhão (PP-MA) de anular a tramitação do processo de impedimento da petista. Segundo o peemedebista, a atitude do presidente interino da Câmara configura “uma brincadeira com a democracia”.

Para Renan Calheiros, “o Senado já está com esse assunto há várias semanas. Já houve leitura no plenário, indicação dos líderes, instalação de comissão especial, que fez nove reuniões, totalizando quase 70 horas de trabalho, e votação do relatório”.

Após anunciar a decisão, senadores governistas — entre os quais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) — começaram a protestar, aos berros, em frente à Mesa Diretora. Renan suspendeu a sessão por dois minutos, “para que os senadores pudessem gritar a vontade”. Na sequência, a sessão foi retomada para que os demais parlamentares se pronunciassem na tribuna.

Antes de ir ao Senado, Renan convocou uma reunião de emergência em sua residência oficial, no Lago Sul. O encontro ocorreu horas depois de Waldir Maranhão ter tomado a decisão de anular a votação na Casa do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Anulação do impeachment
Na manhã desta segunda (9), o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, anulou a tramitação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso. Existia um recurso pendente da Advocacia-Geral da União (AGU), apresentado à Presidência da Câmara contra a decisão do plenário.

Maranhão diz que, no dia 27 de abril, o senador Raimundo Lira, presidente da Comissão Especial do Impeachment do Senado Federal, encaminhou ofício à Presidência da Câmara cobrando respostas sobre o recurso apresentado pela AGU.

“Eu a examinei e decidi acolher em parte as ponderações nela contidas. Desacolhi a arguição de nulidade feita em relação aos motivos apresentados pelos Srs. Deputados no momento da votação, por entender que não ocorreram quaisquer vícios naquelas declarações de votos”, diz o deputado em nota à imprensa.

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