Renan inclui diretor da Prevent Senior na lista de investigados da CPI
Relator do colegiado também anunciou que encaminhará o dossiê obtido pela comissão à Procuradoria de Justiça de São Paulo
atualizado
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O relator da CPI da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), comunicou, nesta quarta-feira (22/9), que incluirá, na lista de investigados do colegiado, o nome do médico Pedro Benedito Batista Júnior, diretor executivo da Prevent Senior.
O parlamentar afirmou ainda que encaminhará à Procuradoria de Justiça de São Paulo o dossiê obtido pela CPI, no qual constam denúncias feitas por ex-médicos da empresa contra a operadora.
“Estes fatos aconteceram lá e há um desejo do Ministério Público de São Paulo de levantar essas circunstâncias”, declarou o senador.
A Prevent Senior é acusada de ministrar medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19 em pacientes da doença que procuraram atendimento em hospitais vinculados à operadora. Algumas denúncias mencionam que uma parte dos infectados era medicada com esses fármacos, mesmo sem o devido consentimento.
“Mentiroso”
O representante da operadora negou todas as acusações. Benedito disse que o dossiê entregue à CPI é “mentiroso” e que os autores do documento são “criminosos”. O diretor apontou suposta alteração de dados da empresa por ex-funcionários.
“Ex-médicos da Prevent manipularam dados de uma planilha interna de acompanhamento de pacientes para tentar comprometer a operadora. Esses profissionais, então, já desligados, passaram a acessar e editar o referido arquivo, culminando no compartilhamento da advogada Bruna Morato, em 28 de agosto”, afirmou Pedro Benedito.
Bruna Morato é a advogada que teria, supostamente, apresentado à CPI as denúncias de irregularidades nos estudos conduzidos pela operadora.
A empresa, conforme revelou o Metrópoles, teria o protocolo de administrar medicamentos – como cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina – sem comprovação de eficácia para o tratamento da Covid-19. O governo federal teria conhecimento da prática.
O protocolo foi desenvolvido com a ajuda de pelo menos um membro do gabinete paralelo, que aconselhou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na condução da pandemia.