Renan diz que ida de Bolsonaro a Alagoas é “evidente provocação” à CPI
Segundo relator do colegiado, a ida do presidente seria para inaugurar obras estaduais e não de autoria do governo federal
atualizado
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O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou, nesta quinta-feira (13/5), que a ida do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a Alagoas é “evidente provocação” ao colegiado. O estado é governado pelo filho do senador, Renan Filho (MDB).
Segundo Renan, a ida do presidente seria para inaugurar obras estaduais e não de autoria do governo federal.
“Hoje mesmo o presidente da República foi a Alagoas inaugurar obras estaduais, não é? Numa evidente provocação a esta Comissão Parlamentar de Inquérito”, disparou.
O relator afirmou que se trata de uma “ofensa” do presidente. “A resposta a essas ofensas é aprofundar a investigação. Por isso, Carlos Murillo [executivo da Pfizer, que presta depoimento], sua presença aqui é muito importante, fundamental para esta Comissão Parlamentar de Inquérito”, disse.
“Eu tirei meu nome, coloquei este nome aqui para que não haja dúvidas sobre o motivo pelo qual nós estamos aqui investigando. Se houve homicídio, se houve genocídio, se não houve genocídio… Se houve, quem é o responsável ou quem são os responsáveis? Nós estamos aqui em respeito a essas vítimas, a essas vítimas. E a resposta que nós poderemos dar, da melhor forma, é com o aprofundamento dessa investigação. Eu quero dizer às famílias dessas vítimas, aos mais de 15 milhões de sequelados da Covid no Brasil que, haja o que houver, intimidação todos os dias, não haverá problema”, completou.
A CPI da Covid ouve, nesta quinta, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo. A ida do gestor ocorre após depoimento do ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República Fabio Wajngarten, em oitiva marcada pela tensão, troca de acusações e pedidos de prisão do publicitário.