Renan diz que Bolsonaro tem comportamento “belicoso desestabilizador”
Para o relator da CPI da Covid, o presidente da República “vive o desespero de estar em processo irreversível de baixa popularidade”
atualizado
Compartilhar notícia
O relator da CPI da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou, nesta terça-feira (10/8), que o comportamento belicoso desestabilizador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) configura um método já adotado por outros ditadores.
O emedebista disse que o presidente está “em processo irreversível de baixa popularidade”. Calheiros destacou que o Congresso Nacional precisa parar de “continuar batendo palma para doido”.
“O comportamento belicoso desestabilizador de Bolsonaro configura método já visto em outros ladridos ditatoriais. Ele vive o desespero de estar em processo irreversível de baixa popularidade. O Congresso precisa sair do imobilismo para não continuar batendo palma para doido”, escreveu.
O comportamento belicoso desestabilizador de Bolsonaro configura método já visto em outros ladridos ditatoriais. Ele vive o desespero de estar em processo irreversível de baixa popularidade. O Congresso precisa sair do imobilismo para não continuar batendo palma para doido.
— Renan Calheiros (@renancalheiros) August 10, 2021
No mesmo dia em que a Câmara dos Deputados pautou a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 135/19, conhecida como PEC do Voto Impresso, a Marinha, endossada por Bolsonaro, realizou um desfile de blindados na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional.
Mais cedo, outros membros da direção da CPI haviam se manifestado criticamente ao evento.
“Uma cena patética, ameaça de um fraco que sabe que perdeu. Não haverá voto impresso, não haverá nenhum tipo de golpe à nossa democracia. A democracia tem instrumentos para defender a própria democracia”, declarou o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), no início da sessão desta terça.
Já o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que o ato desta terça é “mais patético que aqueles desfiles de Kim Jong-Un lá, em Pyongyang, na Coreia do Norte”.
Deputados realizaram um ato contra a intimidação em frente ao Congresso, e afirmaram que vão dar resposta no plenário da Câmara, rejeitando a PEC do Voto Impresso.