Renan diz que Bolsonaro estará “com certeza” no rol de indiciados do relatório da CPI
Relator da CPI da Covid afirmou que não falará “grosso na investigação e miar no relatório”
atualizado
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O relator da CPI da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou, nesta terça-feira (5/10), que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “com certeza” estará no relatório final do colegiado e que o mandatário do país “será indiciado pelos crimes que praticou”. “Não vamos falar grosso na investigação e miar no relatório”, enfatizou.
Calheiros prometeu que o texto estará pronto em 15 de outubro. A expectativa é de que o relatório final da comissão seja votado pelos senadores entre 19 e 20 de outubro. No dia anterior, os parlamentares realizarão uma cerimônia em homenagem às vítimas da Covid-19 no país.
Relator da #CPIdaCovid, senador Renan Calheiros disse há pouco que o relatório final “com certeza” vai pedir o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro.
“Nós não vamos falar grosso na investigação e miar no relatório”, disse. pic.twitter.com/zFEZUa1Ojv
— Metrópoles (@Metropoles) October 5, 2021
“Continuamos discutindo aspectos técnicos do relatório. A partir do dia 15, vou estar com o relatório pronto e vou conversar individualmente com cada membro da comissão parlamentar. Até lá, continuaremos os debates, ouvindo juristas e escolhendo os tipos penais que nós vamos utilizar”, explicou.
Questionado sobre o número de investigados, o relator defendeu que a CPI contará com mais nomes do que a lista esboçada pelo presidente Omar Aziz (PSD-AM). O senador amazonense disse que a comissão teria, pelo menos, 30 indiciados. “Um pouco mais”, rebateu Calheiros.
Após a votação e aprovação do relatório, o texto será “destrinchado” e encaminhado aos órgãos para acolhimento das denúncias, segundo o emedebista.
“Nós vamos mandar para a Procuradoria-Geral da República apenas o que couber à Procuradoria-Geral da República. Vamos destrinchar para mandar para o tribunal (sic), para o Ministério Público do Distrito Federal, de São Paulo, de outros estados, para o Tribunal de Contas da União”, ponderou.