metropoles.com

Renan diz esperar que o processo de impeachment não chegue ao Senado

De acordo com o novo rito definido pelo Supremo Tribunal Federal, o presidente do Senado pode barrar a continuidade do processo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conduz sessão deliberativa
1 de 1 O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conduz sessão deliberativa - Foto: Divulgação

Menos de uma hora depois da convenção do PMDB que decidiu pelo desembarque do governo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deu sinalizações de que não deseja que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff tenha continuidade.

“Eu acho que, se esse processo chegar ao Senado, e espero que não chegue, nós vamos juntamente com o Supremo definir o calendário”, afirmou Renan respondendo sobre os prazos que podem ser adotados no Senado caso o processo seja autorizado pela Câmara dos Deputados.

De acordo com ele, a Constituição determina que o processo tramite em até seis meses na Casa. Quando questionado sobre a razão pela qual não gostaria que o processo chegasse ao Senado, Renan desconversou e preferiu se retirar.

O PMDB tomou a decisão de deixar todos os cargos no governo em reunião relâmpago, mas Renan não compareceu à convenção. Segundo ele, o objetivo era preservar a isenção de seu cargo como presidente do Senado. “Eu não fui para não participar desse momento e não influenciá-lo de alguma forma. Não compareci para não partidarizar o papel que exerço como presidente do Senado Federal”, alegou.

Apesar de o encontro de ontem entre o vice-presidente Michel Temer e Renan Calheiros ter sido entendido como um ponto final na decisão do partido de deixar o governo, Renan afirmou que apenas informou ao vice que não caberia a ele participar desta decisão. “Conversei ontem com o Temer, quando comuniquei que não iria participar da decisão, porque essa decisão não me dizia respeito diretamente”, disse.

O presidente do Senado também voltou a afirmar que o PMDB não tem dono e que é um partido grande, com diferentes correntes. Na última vez em que o presidente usou estes termos, ele havia se desentendido com Michel Temer, que queria impedir novas filiações ao partido.

“O PMDB é um partido grande, é o maior partido congressual, com muitas correntes, e é um partido que não tem dono, é um partido democrático”, afirmou. Mas preferiu não avaliar se, mesmo com o rompimento, ainda haverá apoios avulsos ao governo e dissidências internas.

Calheiros tem demonstrado ser o elo mais forte da cúpula do PMDB com o governo. Diferentemente do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que deixa claro o seu posicionamento favorável ao impeachment, Renan evita dar declarações definitivas sobre o processo e se coloca em uma posição isenta. Por mais de uma vez, o presidente do Senado afirmou que não “responde pelo PMDB”.

O vice-presidente do partido, Romero Jucá (RR), conduziu a reunião de hoje em tom de comemoração. Já o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), também deu declarações afirmando que o PMDB estaria pronto para assumir o governo.

A oposição também demonstra desconforto com a posição de Renan Calheiros. Mais de uma vez, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) criticou o fato de Renan não se posicionar.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?