Renan defende Aras e auditoria na Lava Jato: “Ninguém está acima da lei”
O senador, que é réu na força-tarefa, usou as redes sociais para defender apuração de desvio de conduta dos procuradores em Curitiba
atualizado
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O senador Renan Calheiros (MDB-AL) usou suas redes sociais nesta sexta-feira (31/7) para apoiar os questionamentos feitos pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, sobre os métodos usados pela operação Lava Jato.
Calheiros, que é réu na Lava Jato sob a acusação de ter recebido propina de empresas para manter Sérgio Machado na diretoria da Transpetro, subsidiária da Petrobras, afirmou que as irregularidades nas investigações da força-tarefa são anteriores à chegada de Aras no Ministério Público e que não há ninguém no país que seja “inaceitável” ou “acima da lei”.
“As trangressões conhecidas da #lavajato são anteriores ao PGR Augusto Aras. Não há ninguém inauditável ou acima da lei. A #vazajato evidenciou que essa auditoria é necessária. A resistência é tão injustificável quanto a nota de R$200″, postou o senador em sua conta no Twitter.
As trangressões conhecidas da #lavajato são anteriores ao PGR Augusto Aras. Não há ninguém inauditável ou acima da lei. A #vazajato evidenciou que essa auditoria é necessária. A resistência é tão injustificável quanto a nota de R$200.
— Renan Calheiros (@renancalheiros) July 31, 2020
Aras afirmou que a Corregedoria do Ministério Público Federal (MPF) está apurando suspeitas de irregularidades no trabalho da força-tarefa de combate à corrupção e que o grupo de Curitiba teria 50 mil documentos num banco de dados paralelo, além de acesso a dados de 38 mil pessoas.
O procurador suspeita de abusos de membros da Lava Jato em suas investigações. Resoluções que disciplinam o trabalho de membros do MPF determinam que todos os documentos aos quais investigadores tenham acesso sejam registrados num sistema interno do órgão e que esse registro serve inclusive para o controle do trabalho de procuradores, inclusive pela corregedoria. Os procuradores que atuam na capital paranaense, no entanto, chamaram de “falsas” as afirmações do procurador negando a existência de uma “caixa de segredos”.
Na semana passada, Renan já havia defendido uma auditoria na força-tarefa de Curitiba, também por meio das redes sociais. “A PGR precisa iluminar os porões obscuros da #lavajato. Por que a força tarefa, abaixo das instituições, precisa de um Google particular e resiste a auditoria? Há vestígios de ilegalidades: proprinas a procuradores, acordos com FBI, apropriação de 2,5 bi de dinheiro público e outros’, destacou o senador.
A PGR precisa iluminar os porões obscuros da #lavajato.Por que a força tarefa, abaixo das instituições, precisa de um Google particular e resiste a auditoria?Há vestígios de ilegalidades:proprinas a procuradores,acordos com FBI, apropriação de 2,5 bi de dinheiro público e outros. https://t.co/Ko4salut0F
— Renan Calheiros (@renancalheiros) July 29, 2020
O senador também questionou o comportamento do coordenador da operação em Curitiba, o procurador Deltan Dallaggnol. “Sedento de poder, fez campanha para dificultar minha eleição para o Senado e depois para a presidência da Casa”, criticou Renan Calheiros.
Falei ao @cnmp_oficial sobre a utilização do Ministério Público com interesses políticos e eleitorais por Dallagnol. Sedento de poder, fez campanha para dificultar minha eleição para o Senado e depois para a presidência da Casa. O PAD já está aberto e contém provas irrefutáveis. pic.twitter.com/3l6tAAgaxy
— Renan Calheiros (@renancalheiros) July 27, 2020