Renan coloca Heinze no rol de indiciados do relatório da CPI da Covid
A inclusão atende a pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), sob alegação de difusão e defesa de notícias falsas
atualizado
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O relator da CPI da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou durante sessão para votação do relatório, nesta terça-feira (26/10), a inclusão do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) no rol de indiciados do documento sob acusação de disseminação de notícias falsas. A inclusão atende a pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
Vieira afirmou que devem ser imputados a Heinze os mesmos tipos penais atribuídos a outros parlamentares federais, que “da mesma forma, reiteradamente, dissemina notícias falsa que impactam na vida”. ”
“O que o senador Heinze fala repercute na vida das pessoas. Todos já apresentaram volume imenso de informação que esses dados trazidos por ele são falsos. Essa CPI teve a coragem de pedir o indiciamento do presidente da República, do líder do governo, então, não pode fechar os olhos para um colega”, defendeu o senador.
Calheiros acatou o pedido de Vieira, alegando que daria um “presente” a Heinze. “Vossa excelência acaba de se tornar o 81º indiciado”, enfatizou.
Vieira é autor de representação contra Heinze no Conselho de Ética do Senado Federal pelos mesmos motivos que o levaram a pedir o indiciamento do parlamentar.
“Considerando o contexto que a gente vem vivendo na CPI, com reiteradas tentativas de desinformação, repetição, apesar dos alertas, de documentos e dados que não correspondem à verdade, informo que estou apresentando uma representação no Conselho de Ética em face do colega Heinze”, declarou Vieira na ocasião em que anunciou que entraria com a representação contra o senador gaúcho.
A comissão realiza, nesta terça-feira, a votação do relatório final do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que ocorrerá de forma nominal, e será o verdadeiro teste da unidade do grupo majoritário na comissão.
O relatório lido por Calheiros na última semana continha o indiciamento de 66 pessoas — entre elas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os filhos Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro — e duas empresas. Às vésperas da votação, o documento ganhou mais 10 nomes e passou a ter 78 indiciados.