Renan Calheiros pede ao STF extradição “imediata” de Bolsonaro
O documento solicita que a Corte ordene que o ex-presidente retorne ao Brasil em até 72 horas; Bolsonaro está nos Estados Unidos
atualizado
Compartilhar notícia
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) pediu o retorno “imediato” do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil. O requerimento foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (9/1). No documento, o parlamentar diz que é “inegável” a participação ativa do ex-chefe do Executivo nos ataques contra a Praça dos Três Poderes no domingo (8/1).
“É Inegável a participação ativa e responsabilidade de Jair Messias Bolsonaro nos ataques de ontem”, afirma o documento. O texto pede a extradição em até 72 horas. O ex-chefe do Executivo está na Flórida, nos Estados Unidos.
Calheiros ainda pede que Jair Bolsonaro seja investigado e a intimação do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. “Em caso de descumprimento à ordem de retorno ao território brasileiro no prazo estipulado, requer seja decretada sua prisão preventiva para garantia da ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal”, afirma o texto.
Como noticiou o Metrópoles, além do pedido de extradição, parlamentares já colheram o número necessário de assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Terrorismo.
PM e Exército desocupam acampamento bolsonarista no QG
Atos terroristas
No domingo (8/1), os prédios da administração federal foram invadidos por terroristas que depredaram os locais e danificaram obras de arte e móveis que são patrimônios públicos. No texto, Renan Calheiros afirma que as intenções golpistas foram alimentadas pela “narrativa antidemocrática” de Bolsonaro.
Até o momento, 1.200 pessoas já foram detidas nos acampamentos antidemocráticos alocados em frente ao QG do Exército, em Brasília.
“O atentado à democracia ocorrido ontem foi resultado do acúmulo das falas golpistas e antidemocráticas de Jair Messias Bolsonaro, proferidas desde sempre, mesmo antes de sua eleição para a presidência da República, mas, principalmente, durante os quatro anos em que ocupou o Palácio do Planalto”, declarou Calheiros.