Renan Calheiros defende condução coercitiva de diretor da Prevent Sênior
Decisão decorre de abstenção do representante da empresa ao depoimento marcado para ocorrer na manhã desta quinta-feira
atualizado
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O relator da CPI da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou, nesta quinta-feira (16/9), que o colegiado requisitará a condução coercitiva do médico Pedro Benedito Batista Junior, diretor-executivo da Prevent Sênior.
“Já fizemos isso em algumas circunstâncias e acho que devemos fazer novamente”, ponderou o senador alagoano, antes de entrar na sala da comissão.
Conforme antecipado pelo colunista Igor Gadelha, Batista não comparecerá para depor à comissão nesta manhã, mesmo blindado por habeas corpus que lhe concede o direito de permanecer em silêncio e recusar-se a responder questionamentos que julgar autoincriminatórios.
Ao Metrópoles, a defesa do depoente defende ter sido notificada formalmente da intimação na tarde dessa quarta-feira (15/9) e, portanto, não haveria tempo hábil para o médico se deslocar de São Paulo a Brasília para depor às 9h30 desta quinta.
Mesmo assim, Calheiros defende a realização da sessão, que deve se pautar por um debate a respeito das ações da operadora durante a pandemia. O plano de saúde é acusado de adotar medicamentos — como cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina — sem comprovação de eficácia para o tratamento da Covid-19 e de ter coagido médicos com esse objetivo.
“O que a Prevent Sênior fez tem que ser exemplarmente punido, isso não pode ficar impune. A sua fuga no depoimento de hoje não pode significar uma fuga da punição exemplar que precisa ter. Então, eu defendo que haja uma condução coercitiva, que seja imediatamente pedida pela comissão pra que nas próximas horas ou nos próximos dias nós possamos ouvir o representante”, prosseguiu.