Renan afirma que Bolsonaro acabou com Bolsa Família por “pura inveja”
Senador, que relatou o Bolsa Família no Senado, afirma que o mandatário do país decidiu pelo fim do programa social por “sanha destrutiva”
atualizado
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O senador Renan Calheiros (MDB-AL) usou as redes sociais, neste domingo (31/10), para criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo fim do Bolsa Família. No passado, o emedebista foi relator, no Senado Federal, da proposta que permitiu a criação do programa social.
Calheiros afirmou que a proposta colocou “os pobres no orçamento pela primeira vez” e que Bolsonaro acabou com o programa por “pura inveja”.
“Bolsonaro acabou com o Bolsa Família, o maior programa de distribuição de renda do mundo por 18 anos. Agora, por pura inveja e sanha destrutiva, Bolsonaro joga milhões de famílias na incerteza”, publicou o senador.
Bolsonaro acabou com o Bolsa Família, o maior programa de distribuição de renda do mundo por 18 anos. Em 2003 fui o relator do projeto. Pela primeira vez colocamos os pobres no Orçamento. Agora, por pura inveja e sanha destrutiva, Bolsonaro joga milhões de famílias na incerteza.
— Renan Calheiros (@renancalheiros) October 31, 2021
Auxílio Brasil
O governo federal decidiu pelo fim do Bolsa Família a apresentou como solução alternativa ao projeto um novo programa social: o Auxílio Brasil.
Bolsonaro sofre, contudo, para emplacar o novo programa, em razão da dificuldade em obter espaço no Orçamento de 2022 para viabilizar o pagamento de R$ 400 mensais aos beneficiários – valor acima do pago atualmente.
Uma aposta do governo é a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do pagamento dos precatórios. A proposta, no entanto, sofre forte resistência no Congresso Nacional, o que tem irritado Bolsonaro.
Diante do impasse, o mandatário do país sinalizou que possui um “Plano B” para que o novo programa saia do papel.
Recado
Em Roma, na Itália, para reunião da cúpula do G20, Bolsonaro enviou recado ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e disse estar preocupado com a falta de tempo hábil para aprovar a proposta no Congresso.
“Acho que preocupa. O presidente do Senado vai estar em Glasgow (para a COP26) na próxima semana, e nós nos preocupamos porque o ano está acabando”, declarou.