metropoles.com

Relator do Orçamento: é aumento a servidores ou investir no país

Deputado federal Domingos Neto (PSD-CE) diz ainda não ver lógica em possível veto a Fundo Eleitoral de R$ 2 bilhões: “Valor veio do governo”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
esplanada brasilia
1 de 1 esplanada brasilia - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Responsável por relatar o Orçamento Federal de 2020 em um cenário de crise fiscal, teto de gastos e discussão sobre quanto os cofres públicos podem gastar nas eleições municipais do ano que vem, o deputado federal Domingos Neto (PSL-CE) afirma que o governo não terá espaço para investir no funcionalismo nos próximos meses, a não ser que tire verbas previstas para aplicação em áreas como saúde e infraestrutura.

“Se for aumentar em gasto com pessoal, tanto em reajuste salarial quanto na realização de concursos, terá que cortar nos investimentos”, prevê o parlamentar, que se debruçou sobre as finanças públicas ao longo do segundo semestre. “E seria um gasto que mandaria uma mensagem confusa para o Congresso, porque vamos estar debatendo a PEC [Proposta de Emenda à Constituição] Emergencial”, completa.

Enviada ao Parlamento pelo governo no início de novembro, a PEC prevê uma economia de gastos de R$ 24,78 bilhões no primeiro ano de vigência. Uma das medidas previstas no texto é a redução temporária da jornada de trabalho e de salários dos servidores, o que pode garantir uma economia de R$ 7 bilhões em 12 meses.

Fundo Eleitoral
Durante a elaboração de seu parecer, Domingos Neto precisou lidar com a pressão dos partidos, que articularam a ampliação do Fundo Eleitoral dos R$ 2 bilhões, originalmente previstos pelo governo, para quase o dobro: R$ 3,8 bilhões, que será repassado para bancar as eleições municipais do ano que vem.

Diante de intensa pressão social e ameaças de veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Neto articulou com os parlamentares o recuo para os R$ 2 bilhões, que foi o valor efetivamente aprovado pelos congressistas na última terça-feira (17/12/2019).

Na quarta (18/12/2019), porém, o presidente Bolsonaro sinalizou, em conversa com simpatizantes, que poderia vetar o item, evitando que os dois maiores partidos da Câmara – PT e PSL, pelo qual foi eleito, mas com quem rompeu – arrebanhem cerca de R$ 200 milhões cada.

“Não faz sentido ele falar em veto, porque seria vetar o que foi proposto pelo próprio governo”, avalia Neto. “Além disso, o governo orientou sua bancada a votar sim a esse valor quando o tema foi debatido pelo Congresso. Não sei como interpretar essa fala”, completa o parlamentar.

Neto afirma que ficou satisfeito com o resultado do Orçamento. “Diante das limitações, conseguimos entregar as dotações em áreas como saúde, educação e infraestrutura com dotações maiores do que recebemos no projeto original do governo”, afirmou. “Conseguimos identificar áreas onde tinha sobra ou valor previsto maior do que o que vem sendo executado. E tiramos para colocar nas áreas prioritárias.”

Aprovado pelo Congresso, o Orçamento Federal do ano que vem será analisado pelo presidente Bolsonaro, que pode sancionar o texto integralmente ou vetar pontos. Se ele optar pela segunda opção, o Congresso dá a palavra final sobre a manutenção ou derrubada dos vetos.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?