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Relator da CPMI da JBS quer indiciamento de Janot, Pelella e Miller

Aliado de Temer e futuro ministro, deputado Carlos Marun (PMDB-MT) apresentará nesta terça-feira (12/12) parecer na comissão

atualizado

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Carlos Marun (PMDB-MS)
1 de 1 Carlos Marun (PMDB-MS) - Foto: Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles

Um dos mais ferrenhos aliados do presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados, o relator da CPMI da JBS, Carlos Marun (PMDB-MS), deverá pedir nesta terça-feira (12/12), em seu parecer, que sejam indiciados o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot; seu ex-chefe de gabinete, Eduardo Pelella, e o ex-procurador Marcelo Miller. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

O deputado afirmou à Folha que, sem dúvida, houve “orientação de membros da antiga cúpula da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que pessoas com foro privilegiado fossem investigadas sem autorização do STF (Supremo Tribunal Federal)”. Marun citou como exemplo os casos de Temer e do senador Aécio Neves (PSDN-MG), ambos gravados por executivos da JBS.

Para o relator, Janot trabalhou pela saída de Temer da Presidência. “Há evidências de que o objetivo maior de tudo isso era a deposição do presidente da República, para que o procurador-geral da República controlasse sua sucessão ou fosse seu próprio sucessor”, avaliou.

No dia 4 deste mês, o ex-PGR recusou o convite da CPMI para falar sobre o acordo de delação premiada firmado pelo Ministério Público Federal com os irmãos Batista. Em ofício encaminhado ao presidente da comissão, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), Janot alegou “sigilo profissional” para não comparecer à audiência, que aconteceu na última quarta-feira (6/12).

O relator enfatizou que o envolvimento do ex-procurador Marcello Miller nos acordos de delação firmados pelos executivos da JBS ficou “claro”. “É evidente a participação do procurador Marcello Miller neste processo. Um procurador da República orientando ativamente os delatores na promulgação do acordo”, disse o deputado.

O presidente da CPMI prometeu protocolar representação à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para que ela peça a prisão de Miller ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em depoimento à comissão, o ex-procurador negou as acusações, mas afirmou que “fez uma lambança” ao sair da PGR e, dias depois, se tornar sócio de um escritório de advocacia que atende a JBS.

Pelella é mencionado em diálogos de delatores da JBS como um interlocutor da PGR. O ex-chefe de gabinete foi convocado para depor na comissão, mas teve o convite suspenso por decisão do ministro do STF Dias Toffoli, em 20 de novembro. A liminar atendia a pedido da procuradora-geral da República.

Sobre os executivos da JBS, Marun afirmou que ainda avalia qual procedimento será adotado. O relator disse já ter decidido, contudo, recomendar o cancelamento dos benefícios obtidos por causa da delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista e de Ricardo Saud.

A CPMI da JBS busca investigar possíveis irregularidades envolvendo a empresa, além das delações dos irmãos Batista e dos executivos da companhia. A comissão, entretanto, focou os trabalhos nas investigações dos membros do Ministério Público Federal.

Aliado
Marun integrava a tropa de choque do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Hoje, o parlamentar é um dos principais defensores de Michel Temer na Câmara dos Deputados e o mais indicado pelo Planalto para assumir a Secretaria de Governo nesta quinta-feira (14/12) no lugar do tucano Antonio Imbassahy, que pediu exoneração na sexta-feira passada (8/12).

O peemedebista foi um dos principais articuladores do arquivamento das duas denúncias enviadas pela PGR contra Temer. Na votação da última acusação, chegou a fazer uma dancinha no plenário da Câmara comemorando o resultado favorável ao presidente.

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