Regina Duarte deixa comando da Secretaria de Cultura, anuncia Bolsonaro
O presidente anunciou a saída nesta quarta. Regina vai assumir a Cinemateca de São Paulo. Segundo Bolsonaro, ela sentia falta da família
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou que irá substituir a atriz Regina Duarte do cargo de secretária especial de Cultura. Bolsonaro ainda não anunciou o substituto, mas o nome mais cotado é o do ator Mário Frias, com quem o presidente almoçou nessa terça-feira (19/5) e a quem sinalizou simpatia pela indicação ao cargo.
“Regina Duarte relatou que sente falta de sua família, mas para que ela possa continuar contribuindo com o Governo e a Cultura Brasileira assumirá, em alguns dias, a Cinemateca em SP. Nos próximos dias, durante a transição, será mostrado o trabalho já realizado nos últimos 60 dias”, disse o presidente.
A atriz, que teve um encontro com Bolsonaro nesta quarta-feira (20/05) pela manhã, quando o anúncio foi feito, agradeceu o novo posto, dizendo tratar-se de um “presente duplo”.
“Presidente, a família está querendo a minha proximidade, eu estou sentindo muita falta dos meus netos, dos meus filhos, da minha família, que é uma coisa à qual eu sempre fui muito ligada. Então, é um presente duplo. É a cinemateca e é também eu estar próxima à minha família, que é uma coisa que eu estou desejando muito”, disse ela.
Na terça pela manhã, o chefe do Executivo postou em suas redes sociais uma entrevista concedida pelo ator à rede CNN, na qual ele dizia estar à disposição para o que o presidente precisasse.
Veja o vídeo divulgado por Bolsonaro:
Regina Duarte relatou que sente falta de sua família, mas para que ela possa continuar contribuindo com o Governo e a Cultura Brasileira assumirá, em alguns dias, a Cinemateca em SP. Nos próximos dias, durante a transição, será mostrado o trabalho já realizado nos últimos 60 dias pic.twitter.com/79CyrQY1uI
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 20, 2020
Crise na cultura
Após o início da pandemia do coronavírus, o presidente passou a tecer críticas à agora ex-secretária de Cultura. Em uma delas, queixou-se de ela não estar em Brasília. “Eu queria que ela estivesse em Brasília para conversar mais com ela”, disse o presidente.
Na sequência, Regina Duarte voltou à capital, mas não conseguiu ser recebida prontamente pelo presidente.
No que foi lido como processo de fritura da atriz, o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, renomeou o maestro Dante Mantovani – demitido por Regina – na sua secretaria. A nomeação, porém, não durou um dia, e Bolsonaro tornou sem efeito a contratação.