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“Reforma tributária sim, mas sem aumento de imposto”, diz Bolsonaro

Presidente ainda afirmou que a inflação sobre alimentos está elevada e afirmou “não ter cabimento” o litro da gasolina a R$ 6

atualizado

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Agenda do Presidente Jair Bolsonaro durante Cerimônia de anuncio Caixa Patrocínio ao Esporte Brasileiro
1 de 1 Agenda do Presidente Jair Bolsonaro durante Cerimônia de anuncio Caixa Patrocínio ao Esporte Brasileiro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (1º/6), em evento no Palácio do Planalto, que a reforma tributária deve ser aprovada pelo Congresso Nacional sem gerar aumento de impostos.

“O que a gente pode fazer para diminuir imposto, nós temos feito. E assim é o nosso propósito na reforma tributária, não podemos admitir… Senhores parlamentares, os senhores também têm responsabilidade e sabem que nós jogamos juntos nessa questão. Reforma sim, mas sem aumento de imposto”, discursou.

De acordo com Bolsonaro, o Brasil não pode continuar sendo um dos países “com a mais alta carga tributária do mundo e com a menor contraprestação de serviços”.

A Câmara dos Deputados debate projetos de iniciativa do governo Executivo que alteram a base de Imposto de Renda, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

Outros textos com alterações na legislação são discutidos no Senado. Na semana passada, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se reuniu com o presidente da Câmaras, Arthur Lira (PP-PI), e com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para definir as tramitações da reforma no Congresso Nacional.

Na segunda-feira (31/5), Pacheco questionou o interesse do governo federal na aprovação de outra reforma, a administrativa.

Alimentos

O mandatário também salientou que o Brasil enfrenta uma inflação alta em produtos alimentícios e defendeu que o país não siga o caminho adotado pela Argentina, onde considera ter havido interferência no mercado.

“Estamos com um problema de inflação, em especial na alimentação. O arroz subiu de preço, o milho está subindo agora. Influencia diretamente no preço do ovo e da galinha. E a Caixa é bem vinda para ajudar o Brasil a produzir cada vez mais”, afirmou o presidente.

“Não seguiremos o caminho da Argentina, que há, poucos dias, proibiu por 30 dias a exportação de carne para baixar o preço, para o povo poder se alimentar com a carne mais barata. Essa intromissão no mercado leva, no curtíssimo prazo, ao desabastecimento”, definiu o chefe do Executivo nacional.

Para Bolsonaro, no Brasil ocorreu o contrário: o investimento é na na produção e quem manda é o livre mercado. “Essa é a maneira de nós buscarmos solução para os nossos problemas. Tenho certeza que dessa forma diminuiremos o preço da alimentação, que considero estar alto, produzindo mais e não interferindo no mercado”, prosseguiu.

Combustível

Ao comentar o descompasso entre o preço dos combustíveis nas refinarias e nos postos, Bolsonaro ainda se queixou do valor da gasolina, que considera estar elevado, citando estados em que o litro está em R$ 6.

“O que não pode continuar acontecendo é: quando nós diminuímos na refinaria o preço do combustível, na bomba ele não diminui. Quando você aumenta um centavo na refinaria, aumenta dois na bomba. Isso não pode continuar existindo, com a gasolina acima de R$ 6 o litro em alguns estados. Não tem cabimento isso”, aponta o presidente.

Bolsonaro disse considerar o imposto sobre os combustíveis “caríssimo”. “O que eu quero: que esse valor seja de conhecimento dos consumidores, dos caminhoneiros, dos motoristas particulares, de todo mundo. Isso impacta, na ponta da linha, o preço da alimentação também. E queremos que cada um assuma a sua responsabilidade”, disse.

O chefe do Executivo ainda negou divergências com governadores. “Não é briga minha com governadores, não quero brigar com ninguém. Sou até paz e amor demais”.

Bolsonaro participou nesta terça de cerimônia de anúncio de patrocínio de cerca de R$ 82 milhões ao esporte da Caixa Econômica Federal.

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Presidente Jair Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão
Presidente Bolsonaro pega o crachá do presidente da Caixa, Pedro Guimarães
Presidente Bolsonaro pega o crachá do presidente da Caixa, Pedro Guimarães
Bolsonaro disse que pediu divulgação de nomes de funcionários que aprovaram vacina da Pfizer para crianças
Agenda do Presidente Jair Bolsonaro durante "Cerimônia de anuncio Caixa Patrocínio ao Esporte Brasileiro". Fotos: Rafaela Felicciano/Metrópoles
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