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Reforma trabalhista carece de discussão mais profunda, dizem CEOs

Para o presidente da Nextel, Francisco Valim, por exemplo, a necessidade de uma regulação mais dura ainda existe num país onde o trabalho escravo não é uma realidade tão distante

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1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Apesar de considerarem que há consenso no setor privado sobre a necessidade de reforma da legislação trabalhista, presidentes de grandes companhias brasileiras avaliam que ainda existem pontos relevantes a serem discutidos e sem uma solução clara. Durante debate do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP), os presidentes de Nextel, Natura, Swiss Re e Fibria avaliaram que temas como permitir negociação entre empresa e empregado e regulação pelo governo são demandas.

Para o presidente da Nextel, Francisco Valim, a necessidade de uma regulação mais dura ainda existe num país onde o trabalho escravo não é uma realidade tão distante. “Saindo dos grandes centros, isso ainda é algo encontrado, o que significa que precisamos de algum nível de atuação governamental”, ponderou. Para ele, o modelo de baixa intervenção estatal da economia dos Estados Unidos funciona melhor em situações de pleno emprego.

Já na visão do presidente da Fibria, Marcelo Castelli, a legislação trabalhista, mesmo reformada, ainda precisaria manter um caráter regulatório. “Toda democracia moderna precisa ter agências reguladoras para evitar excessos”, declarou.

O executivo ainda destacou a necessidade de se discutir modelos mais contemporâneos de trabalho, que permitam que funcionários trabalhem de casa ou em horários não necessariamente rígidos.

O presidente da Swiss Re Corporate Solutions, João Nogueira Batista, considera que a prioridade é permitir a negociação entre empresas e trabalhadores. “O Supremo Tribunal Federal tem tomado decisões nessa direção e, no mundo com o nível de informação que temos, a livre negociação deve predominar”, avaliou.

Para Roberto Lima, presidente da Natura, as empresas têm ainda que rediscutir alguns conceitos. Ele mencionou o tema da terceirização das atividades-fim. “Sempre concebemos a terceirização como uma coisa que servia para atividades acessórias, mas existe a Apple, que terceiriza a produção e não terceiriza o pessoal de loja porque entende que isso é essencial”, comentou. Para ele, qualquer que seja o novo quadro legal, ele tende a não ser definitivo, já que as relações de trabalho devem sempre evoluir.

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