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Reforma da Previdência de Meirelles não será aprovada, diz Bolsonaro

O pré-candidato a presidência deu entrevista nesta sexta-feira (12/1) ao hornal RedeTV News, da emissora RedeTV

atualizado

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Wilson Dias/Agência Brasil
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1 de 1 bolsonaro - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Pré-candidato do PSL à Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (12/1) ser contra a reforma da Previdência e adiantou que votará contra se a proposta de emenda constitucional for colocada à votação na Câmara. Em entrevista ao jornal RedeTV News, da RedeTV, o parlamentar aproveitou ainda para atacar o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), possível adversário na corrida pelo Palácio do Planalto neste ano. “A economia só afundou com o Meirelles”, comentou Bolsonaro.

Referindo-se à reforma da Previdência, o deputado disse que, da forma como está, a “proposta do Meirelles” não será aprovada e antecipou qual será seu posicionamento caso a matéria seja encaminhada ao plenário na Câmara. “Da forma proposta, não votarei favorável”. Para justificar a posição, disse que não pode levar “miséria” aos aposentados por exigência do mercado financeiro, que defende, em geral, as mudanças nas regras das aposentadorias. Sobre os desequilíbrios previdenciários, afirmou ser favorável a uma reforma mais enxuta, para ser complementada pelo futuro governo.

Ao avaliar seus possíveis adversários na eleição presidencial, Bolsonaro definiu Meirelles como um homem da economia e lembrou que o ministro da Fazenda trabalhou para a JBS, do empresário Joesley Batista, preso pela Polícia Federal. Considerou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), como um homem que “tem seu valor”, mas que, apesar de ter um grande número de partidos a seu lado, encontrará dificuldade para ter o nome viabilizado eleitoralmente.

Não citou diretamente o governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas classificou como ridícula a ideia do governador, também presidenciável, de criar um ministério para a Segurança Pública. “Esses pré-candidatos são parecidos. Eu sou diferente deles”, assinalou o deputado, que aparece na segunda colocação nas pesquisas de intenção de voto.

Questionado sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas, mas que pode se tornar inelegível caso tenha a condenação por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro mantida em segunda instância, Bolsonaro garantiu não estar preocupado sobre quem enfrentará no primeiro e segundo turnos. Apesar disso, reconheceu que será beneficiado se o recurso apresentado pelo petista for negado no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4).

Petrobras
Também na entrevista, o deputado defendeu  a privatização da Petrobras, desde que o governo mantenha uma golden share, ação com poder de veto, na companhia petroleira. “De acordo com o modelo de privatização da Petrobras, você pode ser favorável a isso”, afirmou o parlamentar. Além da golden share, ele disse que é importante observar a origem do capital de quem assumirá o controle da estatal.

Antes disso, Bolsonaro já tinha manifestado posicionamento favorável a uma fusão entre a brasileira Embraer e a americana Boeing se a união for vantajosa aos dois lados.

O deputado, que admite ter pouco conhecimento de economia, disse que o economista Paulo Guedes, seu assessor na área, será o “artífice” das propostas econômicas em sua plataforma de governo. “Perguntei a ele se dá para diminuir a dívida interna sem aumentar impostos e mantendo o tripé econômico. Ele disse que é possível. Tem que confiar nele, tem que botar alguém que entende do assunto”, assinalou o candidato.

Já a respeito da segurança pública, sua área de conforto e onde apresenta as propostas mais polêmicas, Bolsonaro criticou os demais pré-candidatos por não adiantarem como pretendem enfrentar o assunto. Segundo ele, os policiais se sentem hoje “ultrajados” porque prendem bandidos que acabam sendo muitas vezes libertados por juízes.

“Não pode ter pena de encarcerado. Tem que acabar com os ‘saidões’, as progressões de pena”, afirmou Bolsonaro, acrescentando que policiais que eventualmente matarem “quem está matando a sociedade” durante operações precisam ser ouvidos antes de serem punidos. “Não quero dar carta branca para o policial matar, quero dar carta branca para ele se defender e não morrer”, disse.

Apesar do pouco tempo que deverá ter no horário eleitoral na televisão, o deputado mostrou confiança de que chegará ao segundo turno, quando os tempos dos dois candidatos se equivalem “Podemos fazer a diferença nas eleições. Temos certeza que vamos ao segundo turno”.

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