Receita acusa Ricardo Barros de fazer operações para ocultar R$ 2,2 mi
Líder de Bolsonaro na Câmara não comprovou origem de depósitos, segundo o fisco. Deputado nega irregularidades
atualizado
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A Receita Federal acusa o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, de ter montado uma “engenharia” com empresas para simular operações financeiras e não ter comprovado a origem de depósitos bancários que somam R$ 2,2 milhões, de 2013 a 2015. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
O fisco impôs ao deputado uma multa de 150% sobre o valor do imposto devido. O índice é aplicado em casos de sonegação, fraude ou conluio. A cobrança contra Barros, que inclui juros de mora, totaliza R$ 3,7 milhões.
A investigação da Receita levou à abertura de um inquérito pela Polícia Federal, no qual se apura a suspeita da prática de lavagem de dinheiro decorrente de corrupção, devido ao “grande volume de valores não justificados, em sua maioria em espécie, depositados na conta corrente do investigado”.
Ex-ministro da Saúde no governo Michel Temer (MDB), Barros é alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid por atuação nas negociações de vacinas sob suspeitas. Ele entrou no radar da comissão depois de ter sido citado pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), e deve ser ouvido pelo colegiado.
O que Barros fala
Barros nega ter cometido crimes e diz que é “mais uma vítima do ativismo político que imperou nos órgãos de fiscalização nesse período recente”.
Sobre a investigação pela PF, Barros alega que ela foi “induzida a erro pela Receita, que simulou uma situação contábil fictícia”.