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Reação de governadores visa “resultados eleitorais”, afirma Marun

Segundo o ministro, na declaração ele não afirma que os financiamentos estão condicionados ao apoio à reforma da Previdência

atualizado

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1 de 1 Marun1ed - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, divulgou nota nesta quinta-feira (28/12) em que rebate grupo de governadores. No texto, ele nega ter afirmado que financiamentos de bancos públicos  estão condicionados ao apoio à reforma da previdência.

“A reação daqueles que querem continuar omitindo a participação do governo federal nas ações resultantes de financiamentos obtidos junto aos bancos públicos só se justifica pela intenção de buscar resultados eleitorais exclusivamente para si”, escreveu o ministro. “Estes defendem a equivocada tese de que quem recebe financiamentos pratica ações de governo e que quem os concede, não”.

Sete dos nove governadores do Nordeste enviaram nesta quarta (27) uma carta aberta ao presidente Michel Temer protestando contra a declaração do ministro. No documento, os governadores prometem acionar política e judicialmente os agentes públicos envolvidos, caso a “ameaça” de Marun se confirme.

Marun diz que assistiu à entrevista que concedeu no início da semana e que sua fala não teria sido bem interpretada. “Assisti à citada entrevista e desafio qualquer um a destacar o trecho em que afirmo que os financiamentos estão condicionados ao apoio à reforma da Previdência”, disse.

“Afirmei, como reafirmo, que espero que todos os agentes públicos tenham a responsabilidade de contribuir neste momento histórico da vida da Nação. E afirmei, como reafirmo, que vou dialogar de forma especial com aqueles que estão sendo beneficiados por ações do governo, pleiteando o seu envolvimento no esforço que estamos fazendo para realizar as reformas que o Brasil necessita”, completou.

Em entrevista nesta terça-feira (26), Marun admitiu que o Palácio do Planalto pressiona os governadores a trabalharem a favor da aprovação da reforma da Previdência em troca da liberação de recursos em financiamentos de bancos públicos. “Realmente, o governo espera daqueles governadores que têm recursos a serem liberados, financiamentos a serem liberados, como de resto de todos os agentes públicos, reciprocidade no que tange à questão da (reforma da) Previdência”, disse o ministro.

Na ocasião, Marun negou, contudo, que a negociação se configura como “chantagem”. “Financiamentos da Caixa são ações de governo. Senão, o governador poderia tomar esse financiamento no Bradesco, não sei onde. Obviamente, se são na Caixa, no Banco do Brasil, no BNDES, são ações de governo, e nesse sentido entendemos que deve, sim, ser discutida com esses governantes alguma reciprocidade no sentido de que seja aprovada a reforma da Previdência, que é uma questão que entendemos hoje ser de vida ou morte para o Brasil”, justificou.

Na nota desta quinta (28), o ministro afirmou que a conduta governamental “sempre foi de prestígio ao princípio federativo, ou seja, apoio aos Estados e municípios”. “Foi a partir daí que repactuamos a dívida dos Estados, dando fôlego financeiro e de igual maneira fizemos com os municípios. Também a estes não só parcelamos o débito previdenciário, que eles tinham no ano passado, como partilhamos a multa no processo de repatriação de divisas”, destacou. “O Brasil avança. Nossa economia reage. Nada me afastará do objetivo de fazer com que o País não retroceda”, conclui o ministro no texto. (Com informações da Agência Estado)

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